Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad 25 de maio de 2018 | 21:05

PT diz que crise pode impulsionar ‘aventuras autoritárias’

brasil

O PT aproveitou a greve dos caminhoneiros para criticar o governo de Michel Temer e defender a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, ao Palácio do Planalto. Em nota, o partido marca posição no jogo eleitoral e diz que a atual crise pode se transformar “em terreno fértil para aventuras autoritárias” porque o bloco político de centro – chamado no texto de “campo dos golpistas” – não consegue apresentar uma candidatura viável. A referência indireta a “aventuras autoritárias” é ao deputado Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL. No próximo dia 9, o PT promoverá um ato nacional de lançamento da pré-candidatura de Lula, em Belo Horizonte. “Mais amado a cada dia. Mais candidato do que nunca”, dirá o slogan do evento. Condenado em segunda instância no caso do triplex do Guarujá, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão, em Curitiba, desde 7 de abril. A estratégia do PT é registrar sua candidatura em 15 de agosto, mesmo sob risco de impugnação pela Lei da Ficha Limpa. Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente já teve o nome lançado outras vezes, em atos regionais. Trata-se de um movimento para mantê-lo em evidência. Agora, o partido pegou carona na paralisação dos caminhoneiros para também defender seu maior líder. Assinada pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e pelos líderes do partido na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Lindbergh Farias (RJ), a nota sobre a greve afirma que a política adotada na Petrobrás trata a empresa “como se fosse uma bolha privada desconectada do interesse nacional”.

Estadão
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