Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Michel Temer (MDB) 19 de junho de 2018 | 13:45

Em nova campanha, Temer vincula impopularidade à crise de governos passados

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O Palácio do Planalto estreou nesta terça-feira, 19, nova campanha publicitária em que vincula a impopularidade do presidente Michel Temer (MDB) ao cansaço da população por causa da crise econômica provocada por governos passados – sem citar o PT e a ex-presidente Dilma Rousseff, de quem Temer era vice-presidente. O governo usa atores para afirmar que o Brasil estava “no caos”, com números comparáveis ao de um país “em guerra”. Sobre as cobranças por resultados econômicos melhores e impactos de medidas do governo, como a redução do desemprego, a propaganda oficial afirma que eles só virão no futuro: “O fato é que a maioria dessas mudanças que o governo fez só vão ser sentidas lá na frente.” Também sem menções ao processo de impeachment de Dilma, o governo Temer afirma que “teve que assumir esse pepino” em que todos estavam “passando por um sufoco terrível”. “A coisa foi muito séria, gente. Por isso, todo mundo fica irritado e impaciente mesmo, porque já está todo mundo cansado com todos esses anos de crise. Era uma batata quente de um lado para o outro, mas alguém tinha que resolver mesmo que isso gerasse a tal da impopularidade”, relata o ator. “Mesmo com todos os críticos, inclusive os que quebraram o País, alguém tinha que pegar essa batata quente. O rombo era gigante, a população estressada, tudo mundo queria uma solução rápida, mas, surpresa: em economia não existe solução mágica, gente. As coisas são feitas para corrigir o rumo, mas algumas vezes elas vão demorar um pouquinho até chegar na gente.”

Estadão
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