Foto: Reprodução/Metropress
Lúcio Vieira Lima 13 de junho de 2018 | 09:47

Lúcio diz que Geddel é “ficha limpa”, defende mãe e questiona choro de Neto

bahia

Em entrevista concedida hoje à rádio Metrópole, o deputado federal Lúcio Vieira Lima rebateu as acusações contra sua mãe, Marluce, e seu irmão, Geddel, acusados de participação no esquema que mantinha, num apartamento em Salvador, R$ 51 milhões. Sobre Geddel, chegou a dizer que o ex-ministro, preso na Papuda, em Brasília, é “ficha limpa”. “Quem conhece dona Marluce com toda certeza não acredita nisso. Uma senhora de 80 anos, que praticamente não se locomove, vai poder cometer qualquer coisa? Me perdoe. O que me incomoda mais é envolver minha mãe nisso. Vou para cima. Minha mãe é uma guerreira. A orientação que ela dá, como mãe, é: ‘siga em frente. Vocês sabem quem são, continuem me dando orgulho’. Quem quiser que acredite”, disse Lúcio, que ainda defendeu o irmão Geddel Vieira Lima, preso na Papuda, em Brasília. “Em tese, ele é ficha limpa, porque não foi condenado. Temos que aguardar. Geddel está explicando o que tem que explicar nos autos do processo. Isso faz parte de qualquer julgamento”, afirmou. Lúcio ainda falou também sobre a decisão do prefeito ACM Neto (DEM) em não ser candidato ao Governo do Estado este ano. Para ele, o democrata “forçou a barra” ao chorar no momento do anúncio. “Eu não tenho o prefeito ACM Neto como mentiroso. Ele pode ter muitos defeitos, e tem, como eu tenho. Mas mentiroso eu não tenho ele na conta. Se ele disse, se emocionou, ao falar que não saiu por Salvador, eu pergunto: aquele choro foi forçação de barra? Eu choro quando falo do meu pai. É emoção imediata. E não tenho vergonha. Então, eu imagino que aquele choro de ACM Neto foi um choro verdadeiro”, disse. O deputado ainda fez questão de ressaltar que permanece “amigo” do prefeito. Sobre a debandada de deputados do MDB, minimizou. “Ninguém saiu do MDB por outra razão que não seja matemática. Ninguém quer coligar com partido que tenha deputados. A saída de Neto [da disputa eleitoral] tirou a expectativa de poder”, pontuou. Sobre o processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara, Lúcio disse que “vai dar em nada”. Caso seja aprovado pelos integrantes da Casa, a investigação contra o parlamentar pode levar à cassação do seu mandato. “Na minha opinião e dos meus advogados, não tem [nada]. É um processo mais político por causa de PSOL e Rede [partidos que denunciaram o deputado]. É um processo político que enfrento com tranquilidade. Tenho que confiar no Conselho de Ética. Eu acho que vai dar em nada”, afirmou. Lúcio afirmou, ainda, que o inquérito aberto contra ele por supostamente ameaçar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, deveria ser arquivado. “Calero depois de um ano manda para o Ministério Público [a acusação]. Esse tipo de delito – ameaça – tem seis meses, teria que ser arquivado. Estou esperando arquivar”, pontuou.

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