01 de agosto de 2018 | 13:32

Tasso ignora Alckmin e lança chapa “sem Lava Jato” no Ceará

brasil

No lançamento da campanha de General Theofilo (PSDB) ao governo do Ceará, no domingo, o senador Tasso Jereissati (PSDB) não citou uma única vez o nome do presidenciável de seu partido, Geraldo Alckmin. Tasso é coordenador da campanha do tucano ao Planalto.A candidatura de Alckmin só não passou em branco porque um vídeo dele foi exibido no início da convenção do PSDB cearense. “Quero cumprimentar o Tasso, grande governador que mudou a história do Ceará. E o General Theofilo, que fará um grande governo, fechando as torneiras do desperdício e aplicando o dinheiro no que interessa, saúde, educação e segurança”, disse o presidenciável. O general também não citou o nome de Alckmin. No discurso, Tasso contou que uma das exigências do General Theofilo para disputar a eleição foi ter uma chapa sem citados na Lava Jato. “Ele me disse: – Não aceito ninguém da Lava Jato na minha chapa. Na minha chapa não tem Lava Jato. Eu quero a chapa limpa. Absolutamente limpa, de gente correta”, afirmou. Tasso prosseguiu: “Nós procuramos gente que representasse a renovação. Que não fizesse da política essa canalhice que está sendo feita em Brasília. Vai para um partido, para outro e o povo que se lixe. Isso levou o Brasil a essa crise”. O senador não comentou até hoje a aliança de Alckmin com o Centrão, que reúne partidos como o PP, a sigla com mais políticos investigados pela Lava Jato. O grupo reúne ainda DEM, PRB, PR e Solidariedade. O próprio Alckmin é alvo da Lava Jato. O processo contra ele foi encaminhado para a Justiça Eleitoral. Três delatores da Odebrecht disseram que, no total, foram destinados R$ 10 milhões de caixa dois às campanhas de Alckmin em 2010 e 2014. Ele nega. Em agosto passado, quando presidia o PSDB, Tasso foi criticado por esses partidos pelo programa partidário que atacou o “presidencialismo de cooptação”, menção aos que trocam cargos por votos no Congresso. Na época, o grupo reagiu cobrando que os tucanos entregassem os cargos que tinham no governo Temer.

Estadão
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