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O prefeito ACM Neto (DEM) e o candidato derrotado à Presidência pelo PSDB nas eleições 2018, Geraldo Alckmin 18 de outubro de 2018 | 16:54

Neto chama derrota de Alckmin de ‘desastre eleitoral’

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Num balanço do que chama de “desastre eleitoral”, o presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, elenca um conjunto de fatores que levaram à derrocada de Geraldo Alckmin (PSDB), e inicia a lista apontando o dedo para a infidelidade tucana. “Poucos efetivamente trabalharam por Geraldo. Cada um cuidou de seu próprio umbigo”, disse, em entrevista à Folha de S.Paulo. Coordenador da coligação de Alckmin, ele diz que a equipe do tucano subestimou a força das redes sociais, mas pondera que a facada — e a exposição que Jair Bolsonaro (PSL) teve após o atentado — foram determinantes para o resultado. Neto, que declarou apoio ao candidato do PSL, diz que não o vê como uma ameaça à democracia. “Não apenas pelas palavras dele, mas porque eu penso que hoje as nossas instituições são muito mais fortes do que as pessoas”. O presidente do DEM avalia que o “Bolsonaro candidato” é melhor “do que o deputado”. E faz uma reflexão sobre o recado das urnas. “Essa renovação é importante? É. Em alguns casos, será uma renovação para melhor. Em outros, pode não ser. Por isso, a gente tem que ter cautela”. Neto ainda revelou que houve constrangimento com a declaração de voto do candidato ao governo do Estado, José Ronaldo (DEM) ao presidenciável Jair Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições. “Houve [constrangimento]. Eu não tinha conhecimento de que ele ia declarar apoio ao Bolsonaro. Como presidente do DEM, tinha o dever de manter coerência até o fim. Uma vez disse ao Geraldo: ‘Você pode ter dois votos. Um será o seu, o outro o meu’. Quando estou do lado de alguém, estou até o fim. Para ganhar ou para perder. O Zé Ronaldo tomou a decisão dele. Agora no segundo turno ele está lá trabalhando pelo Bolsonaro. A minha equipe está toda envolvida na campanha [do PSL].

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