Foto: Sérgio Castro/Estadão
O economista Paulo Guedes, provável titular do superministério da Economia do governo Bolsonaro 30 de outubro de 2018 | 19:40

Previdência: Guedes baixa o tom sobre urgência da reforma após conversa com Bolsonaro

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Depois de se reunir com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) nesta terça-feira, 30, no Rio de Janeiro, o economista Paulo Guedes, provável titular do superministério da Economia, baixou o tom sobre a proposta da reforma da Previdência, admitindo que, apesar da urgência em aprovar a matéria, é preciso considerar o “cálculo político” envolvido na tramitação do tema pelo Congresso. Após ser cobrado pelos investidores por sinalizações claras sobre os rumos da economia, Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro, defendeu nesta terça-feira, 30, duas das bandeiras que mais agradam o mercado financeiro: a reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central. Mais cedo, Paulo Guedes defendeu enfaticamente a aprovação da proposta de reforma da Previdência que está no Congresso Nacional ainda neste ano, dizendo que apoiava a reforma da Previdência antes de passar a coordenar o programa econômico de Bolsonaro e, por isso, não mudaria de ideia. No fim da tarde, ao dar entrevista a jornalistas ao lado do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que também se reuniu com Bolsonaro e a cúpula do futuro governo na casa do empresário Paulo Marinho, cotado para ser ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Guedes destacou que é preciso levar em conta fatores políticos antes de trabalhar pela aprovação da reforma previdenciária. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido melhor. Estamos atrasados com essa reforma. Agora, evidentemente existe um cálculo político. O nosso Onyx, corretamente, não quer que de repente nossa vitória nas urnas se transforme numa confusão no Congresso”, disse Guedes. Bolsonaro deixou a residência de Paulo Marinho sem falar com a imprensa. Além da reforma da Previdência, Paulo Guedes também falou nesta terça-feira, pela manhã, sobre uma pauta considerada importante pelo mercado financeiro, a aprovação de um projeto para dar independência ao Banco Central (BC). Segundo ele, a atual transição de governo será a última em que haverá incerteza sobre o comando da autoridade monetária. “Daqui para a frente, como vamos aprovar a independência do Banco Central (BC), saberemos que essa fonte de incerteza [o comando do BC] será eliminada. Essa é a última transição que tem essa incerteza”, afirmou Guedes, em entrevista a jornalistas pouco antes de entrar na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio, onde está reunido neste momento com Bolsonaro. Guedes frisou que a independência do BC será aprovada em projeto de lei. “A essência desse projeto são mandatos não coincidentes”, disse o economista. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
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