Foto: AP Photo/Julie Jacobson
John Bolton considerou a eleição de Bolsonaro no Brasil como um sinal positivo na América Latina 17 de novembro de 2018 | 08:25

Assessor de Segurança Nacional dos EUA quer encontro com Bolsonaro

brasil

O assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, planeja uma viagem ao Brasil nos próximos dias 28 e 29, na qual deverá se encontrar com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada com duas fontes pelo Estado. O governo americano ainda não bateu o martelo sobre a viagem, mas a possibilidade de que o americano se encontre com Bolsonaro vem sendo discutida nas últimas semanas. No início do mês, em discurso, Bolton considerou a eleição de Bolsonaro no Brasil como um sinal positivo na América Latina e destacou que o brasileiro é um parceiro com ideias semelhantes às dos EUA. Bolton, que é um dos conselheiros de Trump para política externa, considera Bolsonaro como um aliado na região contra governos de esquerda como Venezuela, Cuba e Nicarágua – o que ele já chamou de “troca da tirania”. A ideia é que Bolton vá ao Brasil antes de ir a Buenos Aires, na Argentina, para o encontro do G-20. Até o momento, a Casa Branca não respondeu questionamentos da reportagem sobre a viagem. Dias antes de Bolton ir ao Brasil, o deputado eleito Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito e um dos articulares da aproximação do novo governo com os Estados Unidos, viajará a Washington. Na capital americana, ele participará de um evento a portas fechadas com membros do Brazil-US Business Council e de um almoço organizado pelo American Enterprise Institute nos dias 26 e 27. O grupo ligado a Eduardo Bolsonaro tenta costurar, nos EUA, conversas com parlamentares republicanos, integrantes da Casa Branca e membros do Conselho de Segurança Nacional. Há cerca de 20 dias, o Brazil-US Business Council, que irá receber Eduardo Bolsonaro, organizou evento sobre as eleições no Brasil no qual esteve presente Landon Loomis. Loomis é conselheiro do vice-presidente Mike Pence e, por já ter morado no Brasil em posto na embaixada americana no País, é considerado uma das portas de acesso do grupo de Bolsonaro à Casa Branca. A ideia é que, depois de Washington, ele vá a Nova York para um novo encontro com integrantes do mercado financeiro, como fez em agosto, acompanhado de Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do PSL. Logo após a eleição, o filho de Bolsonaro já planejava uma viagem aos EUA com encontros com o vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado, Mike Pompeo, mas os planos não saíram do papel e a viagem foi adiada para o final do mês.

Estadão
Comentários