Foto: Foto: Dida Sampaio/Estadão
Deputados do PSL, Avante, Novo, PSDB e PSB estiveram na fila do protocolo de CPIs na Câmara 04 de fevereiro de 2019 | 15:28

Deputados do PSL apresentam série de CPIs para blindar governo

brasil

Deputados do PSL se organizaram, na manhã desta segunda-feira, 4, para serem os primeiros da nova legislatura a apresentar propostas para a abertura de comissões parlamentares de inquéritos (CPIs). A estratégia é fazer uma série de propostas e evitar que a oposição, principalmente o PT, monopolize essa ferramenta contra o governo de Jair Bolsonaro. Com essa medida, as comissões de investigação da Câmara serão sobre temas que não são considerados negativos para o Palácio do Planalto. “Como você está vendo, o PSL vai apresentar as primeiras CPIs, é uma estratégia para deixar o PT de fora e não deixar eles ficarem enchendo a nossa paciência e a paciência do governo nos próximos anos. Serão sete CPIs ao todo”, afirmou a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Dos oito deputados que aguardavam em uma fila para protocolar os pedidos, na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, na manhã de hoje, cinco eram do partido de Bolsonaro. A SGM só abre para registrar esses pedidos às 15h, quando terá início o novo ano legislativo. Entre os assuntos que o grupo vai tentar investigar estão o Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff, a União Nacional do Estudantes (UNE), organização estudantil ligada a partidos como o PCdoB, e também a Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investigou as violações cometidas por militares e agentes do Estado durante a ditadura militar. A primeira a chegar na SGM, às 8h, foi a deputada Carla Zambeli (PSL-SP), que recolheu assinaturas justamente para a criação do colegiado que investigará a CNV. No texto, a deputada justifica que o “relatório da Comissão Nacional da Verdade não teve credibilidade, pois investigou apenas um dos lados do violento conflito onde ambos cometeram violações aos direitos humanos. Ao não esclarecer quase nada além do que já constava em dezenas de livros, particularmente da esquerda socialista, fez um relatório faccioso, responsabilizando autoridades desde os mais altos escalões”, diz o texto.

Estadão
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