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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) 08 de março de 2019 | 07:00

Advogados vão à Justiça contra Bolsonaro por ‘golden shower’ no Twitter

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Três advogados impetraram ação popular contra a União para a imediata retirada de vídeo obsceno publicado no Twitter pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na última terça-feira, 5, durante o Carnaval. De acordo com os autores, as cenas atingem ‘a moralidade administrativa’ da Presidência. O processo corre na 1.ª Vara Cível Federal de São Paulo. As imagens divulgadas por Bolsonaro mostram dois homens protagonizando a prática conhecida como ‘golden shower’. O caso aconteceu em um bloco de carnaval em São Paulo na segunda, 4. Ao divulgar o vídeo em sua conta no Twitter, o presidente afirmou ‘não se sentir confortável’ com as imagens, mas anotou que precisava ‘expor a verdade para a população’. “O Presidente da República possui, no Twitter, aproximadamente três milhões e meio de seguidores. Dentre eles, certamente há crianças e adolescentes e isso já seria o suficiente para se determinar a sua remoção”, sustentam os advogados no pedido. Após a viralização do caso, o Twitter marcou o vídeo como impróprio. “Ao publicar o tal vídeo, atingiu a moralidade administrativa.” A peça é assinada pelos advogados Marcelo Feller, Jose Carlos Abissamra Filho e Ricardo Amin Abrahão Nacle. Eles alegam que, ao reproduzir o vídeo em seu perfil na rede social, Bolsonaro ‘acaba por desestimular o turismo no Brasil, em sua festa mais icônica e conhecida mundialmente’. “Ao afirmar que um patrimônio cultural do país ‘virou’ uma cena dantesca, de um homem introduzindo um dedo no próprio ânus e depois sendo urinado, publicamente, o Presidente da República atacou diretamente patrimônio cultural brasileiro”, afirmam os advogados. “Não é a toa que toda a imprensa internacional, incrédula, noticiou o inusitado tweet.”

Estadão
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