08 de abril de 2019 | 06:53

Em livro, delegados da PF falam do “crime institucionalizado” no Brasil

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Acostumados ao dia a dia de investigações e operações, os delegados federais Jorge Pontes ( já fora da corporação) e Márcio Anselmo (responsável pelo início da Lava Jato) resolveram colocar no papel um pouco da experiência angariada na Polícia Federal. O resultado é o livro “Crime.gov: Quando corrupção e governo se misturam”, lançado pela editora Objetiva, e que traça um cenário sobre como o crime organizado contaminou as principais instituições brasileiras. Anselmo, antes de comandar os primeiros inquéritos da Lava Jato, atuou no caso Banestado, na operação Faktor, que mirou a família Sarney, e, atualmente, é o coordenador-geral de repressão à corrupção e lavagem de dinheiro da PF. Pontes, por sua vez, trabalhou por mais de 30 anos na corporação onde foi responsável por implementar as delegacias especializadas em crimes ambientais. Além disso, atuou em grandes caso como inquérito Cayman, que investigou supostas contas no exterior em nome de integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso. Nas 264 páginas do livro, os dois investigadores se valem do contato que tiveram com o criminosos para cravar que nenhum dos três poderes está imune a contaminação do crime organizado. Para eles, é possível comparar o crime institucionalizado a uma baleia que no passado no passado se mostrava se tempos em tempos quando era alvo de alguma grande operação, mas que com a Lava Jato mostrou aos brasileiros todo seu tamanho.

Estadão
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