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Antonio Imbassahy é hoje chefe do escritório do Estado de São Paulo em Brasília 04 de outubro de 2019 | 10:25

Com saldo de US$ 1 bi para SP, Imbassahy poderia ensinar a Rui como azeitar escritório em Brasília

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A notícia de que o ex-deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), na qualidade de chefe do escritório da representação do Estado de São Paulo em Brasília, conseguiu liberar cerca de US$ 1 bi para a gestão João Dória, não passou despercebida de deputados baianos, dos quais foi colega até o ano passado.

Tanto governistas quanto oposicionistas usaram a situação não exatamente para engrandecer o tucano, mas para advertir o governador Rui Costa (PT) de que, não estivesse a representação baiana em Brasília acéfala, o Estado da Bahia poderia obter, senão o mesmo resultado, pelo menos algo condizente com a sua importância.

O argumento se fortalece sobretudo neste momento de crise, em que, segundo comentários dos deputados baianos governistas, a gestão aperta o cinto e, inclusive, ameaça solicitar recursos de emendas parlamentares, conquistadas a duras penas em Brasília, para tocar projetos, sobretudo no interior da Bahia.

Com efeito, o escritório de representação do Estado da Bahia em Brasília não tem passado de um posto, com diminuta infraestrutura, aliás, usado mais para cabide de emprego do que como plataforma eficiente para que se articulem e defendam os interesses do governo estadual em Brasília.

O fato de o governador Rui Costa (PT) fazer oposição ao presidente da República deveria, por si só, inverter esta lógica, levando a que estruturasse a posição de forma a obter o maior número possível de vantagens para o Estado num ambiente conhecidamente hostil a seus interesses.

O caso recente envolvendo o ex-deputado Bebeto (PSB), que chegou a ser nomeado para o posto, mas teve que ser exonerado porque não tinha a formação superior exigida para que o ocupasse, é exemplar no sentido do pouco caso que se dá a uma estrutura que, se não funciona, acarreta custos para a Bahia.

A título de sugestão, diante da façanha de Imbassahy, poderia o governador baiano calçar as sandálias da humildade e buscar aconselhar-se com ele sobre o que fazer para tornar funcional, o quanto antes, a representação do Estado em Brasília.

Como bom baiano – apesar da inserção que já obtém por São Paulo -, o tucano, com certeza, não se absteria de recebê-lo para dar-lhe a orientação necessária a que não desperdice instrumento importante de gestão em benefício de sua administração e do povo da Bahia.

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