Foto: Fernanda Chagas / Política Livre
O prazo seria apenas a viabilidade de um nome, levando em conta a divisão notória da base 04 de outubro de 2019 | 16:12

Criação de “Bancada do Geraldo” fragiliza líder do governo na Câmara, que balança

exclusivas

Apesar de liderar a bancada da maioria na Câmara de Salvador, que possui 32 integrantes, ao não conseguir 29 votos – obteve apenas 26 – , para aprovar o projeto de autoria do Executivo que institui o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) do Imposto de Transmissão de Intervivos (ITIV), decorrentes de débitos tributários e não tributários, a cabeça do vereador Paulo Magalhães Júnior (PV) teria ficado a prêmio, mas dessa vez sob a chancela do prefeito ACM Neto (DEM), segundo comentam seus próprios colegas.

O chefe do grupo não teria engolido a falta de articulação do seu líder, que acabou por dar total autonomia ao presidente da Câmara, vereador Geraldo Júnior (SD), para capitalizar não apenas o status de ser o responsável por aglutinar os opositores e independentes para a possível aprovação da matéria, como também de propagar a criação da “bancada do Geraldo”.

Ele conseguiu votos favoráveis do socialista Silvio Humberto, do pessedista Edvaldo Brito, de José Trindade (sem partido), do líder da oposição, vereador Sidinho, de Toinho Carolino, e de Carlos Muniz, todos do Podemos. Enquanto uns utilizam o discurso do voto a favor da cidade, outros não se fizeram de rogados. O tributarista Edvaldo Brito, por exemplo, chegou a declarar que a matéria era das piores que já viu, mas que, apenas em consideração ao presidente, seu voto seria favorável à matéria.

Esse teria sido o estopim para o “climão” envolvendo o líder governista, revelam fontes do Política Livre, acrescentando que, desta vez, no entanto, o líder estaria, de fato, com os dias contados. O prazo seria apenas a descoberta de um nome que não cometa tanta “derrapagem” e possa superar, inclusive, a divisão notória da base.

Fernanda Chagas
Comentários