23 abril 2024
O governo reviu os dados e agora trabalha com a estimativa de que o déficit primário de 2019, primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, será inferior a R$ 80 bilhões — ante a meta autorizada de R$ 132 bilhões de déficit.
O Tesouro considera os R$ 80 bilhões para déficit do setor público o novo “número conservador”, disse um integrante da equipe econômica com exclusividade ao BRPolítico, blog do Estadão, nesta quinta-feira (14).
Entram nos novos cálculos quase R$ 40 bilhões com os três leilões do petróleo, algo que não estava sendo computado até setembro. Tem mais: os ministérios não estão conseguindo gastar o dinheiro liberado para eles neste fim de ano. “Assim, teremos dinheiro que ajuda ainda mais no primário”, diz a fonte.
E para completar o ciclo de notícias positivas para o governo, nas próximas semanas, o BNDES paga mais R$ 30 bilhões da dívida que tem junto ao Tesouro, o que equivale a 0,4% do PIB de redução da dívida pública.
Entre julho e agosto, vários economistas de fora do governo estavam sugerindo revisar a meta de déficit para um número pior, perto de R$ 160 bilhões. O governo resistiu e agora comemora a decisão.
Se o otimismo se confirmar, será o melhor resultado primário dos últimos cinco anos, além de representar um crescimento muito baixo da dívida pública bruta –ou quase estabilidade.
Estadão Conteúdo