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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro 14 de janeiro de 2020 | 19:45

Venezuela está pronta para ‘arrebentar os dentes de Brasil e Colômbia’ em caso de ação militar, diz Maduro

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira, 14, que a Força Armada do país está pronta para “arrebentar os dentes” de Brasil e Colômbia em caso de uma agressão militar. “Elevamos a capacidade de defesa da pátria. Conheço os planos imperiais, conheço em detalhes os planos da oligarquia colombiana e de Jair Bolsonaro”, disse Maduro durante discurso anual à nação na Assembleia Nacional Constituinte, composta apenas por chavistas.

“Se eles se atreverem, vamos arrebentar seus dentes para que aprendam a respeitar a Força Armada Nacional Bolivariana e o povo de (Simón) Bolívar”, completou o presidente da Venezuela.

As tensões entre Maduro e Bolsonaro cresceram nas últimas semanas, quando um grupo de cinco militares que a Venezuela acusa de ser responsável por um ataque a um quartel do país iniciaram os trâmites para serem recebidos como refugiados em Roraima.

Maduro já reconheceu que considerou pedir à Força Armada Nacional Bolivariana que capturasse no Brasil os cinco militares, chamados pelo governo chavista de “terroristas e desertores”.

No entanto, Maduro esclareceu que não deu a ordem porque considera o território brasileiro “sagrado”.

Bolsonaro reconhece Juan Guaidó, principal nome de oposição a Maduro, como presidente interino da Venezuela desde fevereiro do ano passado.

Recentemente, o governo brasileiro disse que considera como ilegítima a eleição de Luis Parra como presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, órgão até então liderado por Guaidó.

O líder da oposição foi impedido pelas forças de segurança comandadas por Maduro de entrar no Palácio Legislativo. Enquanto Guaidó era barrado do lado de fora, Parra foi eleito em uma votação que contou com a presença de apenas dissidentes da oposição e chavistas.

A situação entre Venezuela e Colômbia também não é boa. Nos últimos meses, Maduro acusou o governo de Iván Duque de preparar ataques falsos na fronteira para exigir uma resposta militar do país e permitir assim uma intervenção dos Estados Unidos na região.

Estadão Conteúdo
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