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Na imagem, Siqueira Costa Júnior ao lado do deputado federal Kim Kataguiri, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre 04 de março de 2020 | 10:39

MBL na Bahia também evita ato pró-Bolsonaro do dia 15 por não defender políticos

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Pré-candidato à Câmara Municipal de Lauro de Freitas, o coordenador do Movimento Brasil Livre na Bahia (MBL-BA), Siqueira Costa Júnior, declarou, em entrevista ao site Política Livre, na manhã desta quarta-feira (4), que o movimento não marcará presença no ato pró-Bolsonaro no próximo dia 15, porque o grupo “nunca foi às ruas para defender políticos”.

“O MBL, não só na Bahia, não vai de maneira nacional para essas manifestações pró-Bolsonaro porque, desde a sua criação, entre 2013 e 2014, o MBL nunca foi às ruas para defender políticos. O movimento sempre foi às ruas para defender pautas. A gente sempre diz que nós não temos políticos de estimação. A manifestação, como todos sabem, foi inicialmente chamada pelo presidente da República, chamando os seus seguidores para ir às ruas para pressionar o Congresso Nacional. Nós somos totalmente contra isso”, revelou à reportagem.

“Hoje, o nosso grupo tem políticos como o deputado estadual Arthur do Val, o deputado federal Kim Kataguiri, o vereador Fernando Holiday, o deputado estadual Ulysses Moraes e outros mais que estão eleitos. Se algum desses nossos membros, que são políticos hoje cometerem algum tipo de situação ou algum procedimento que vá de encontro com os pensamentos do movimento e for atacado, ele terá que se defender sozinho. A gente não vai entrar em massa de manobra. Então, assim como não faremos com os nossos membros, também não faremos com o presidente, o prefeito, o governador ou seja lá quem for”, acrescentou.

Segundo Siqueira, O MBL “vê a manifestação como um ato democrático”. “Não criticamos pois acreditamos que a manifestação por si é um ato democrático de direito. Todos os brasileiros têm o direito de se manifestar, de forma ordeira. Entendemos que quem quiser ir deve ir. Entendemos que os órgãos públicos não podem impedir as pessoas de se manifestarem de uma maneira pacífica. O MBL não irá participar por não concordar com uma manifestação chamada pelo presidente como foi vinculado nas grandes mídias. A gente entende que essa manifestação é muito mais de apoio ao presidente do que realmente uma pauta a qual justifica irmos às ruas. Não vamos por isso, não existe uma pauta”, ressaltou.

“Essa pauta do ‘Veto 52’, por exemplo, não está nesta manifestação porque o veto será votado hoje e o próprio governo vem negociando para dar dinheiro ao Congresso, o mesmo Congresso que ele [Bolsonaro] chama o povo para ir às ruas e dizer que está sendo chantageado. O MBL vê dessa maneira”, concluiu.

O ato

Preocupados com a possibilidade de que as manifestações contra o Congresso e em apoio ao Governo Bolsonaro se transformem em palco para discursos de políticos, líderes de alguns dos movimentos que apoiam o presidente têm defendido que ela ocorra em Salvador na Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba, e não no Farol da Barra, onde normalmente acontecem.

Em vários áudios que circulam por redes de WhatsApp, bolsonaristas alegam que o protesto não pode servir de palco para vereadores e candidatos à Câmara Municipal aparecerem enquanto a população fica embaixo dos trios “feito idiota” assistindo a suas performances.

Mateus Soares
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