Foto: Vivi Zanatta/Folhapress
Olavo de Carvalho 25 de setembro de 2020 | 06:39

Justiça de SP aceita queixa-crime de Olavo contra Marco Antonio Villa por xingamento de ‘pornofilósofo’

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O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou queixa-crime de Olavo de Carvalho contra o historiador Marco Antonio Villa. O guru bolsonarista acusa Villa de injúria, calúnia e difamação por tê-lo chamado de “pornofilósofo”, marginal, traidor da pátria e falastrão em entrevistas e vídeos.

Na primeira instância, a juíza Aparecida Angelica Correia rejeitou a queixa-crime, decisão que foi reformada pelos desembargadores da 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Com a decisão, eles reconheceram a admissibilidade da acusação, mas ainda não julgaram o mérito.

“É o projeto de extremismo de direita que tem um pornô filosófico como guru”, “um canastrão, não é filósofo. Parou na antiga primeira série do ginásio, que seria hoje a quinta série do ensino fundamental, é um enganador”, “ele é um enganador, ele é um enganador, falastrão. Só escreve palavrões no Tweet.
O nível moral dele são os tweets”, “ele é um marginal. Eu chamo ele de Jim Jones da Virgínia”, são alguns trechos de falas de Villa dos quais Olavo reclama na Justiça.

Gastão Filho, advogado de Olavo, diz que as falas de Villa ultrapassaram a liberdade de expressão.

“As críticas de Villa entram no campo da protérvia, da maldade e do mexerico, calcadas em intrigas insuficientes para albergar direito à liberdade de expressão, uma garantia constitucional que não é absoluta”.

Alexandre Fidalgo, advogado de Villa, diz que o historiador fez o que Olavo faz, “crítica ácida”, mas “com muito mais talento, sem atacar a honra”, e que vai recorrer.

No processo, ele argumentou que Villa, na “condição de historiador e jornalista”, exerceu o direito de crítica ao tratar de tema de interesse público, pois diretamente ligado ao contexto do governo federal.

Painel/Folha de S.Paulo
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