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12 de setembro de 2020 | 14:30

Universidade de Oxford anuncia retomada de testes para vacina contra covid-19 no Reino Unido

brasil

A Universidade de Oxford anunciou neste sábado, 12, em nota, que retomará a fase 3 dos testes para sua potencial vacina contra a covid-19, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca. Os estudos haviam sido suspensos na terça-feira, 8, após um participante apresentar reações adversas sérias.

De acordo com o jornal The New York Times, o participante teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e costuma ser desencadeada por infecções virais.

Segundo o documento divulgado pela universidade, foi realizado um processo de revisão e, de acordo com as recomendações de um comitê de revisão de segurança independente e do regulador do Reino Unido, os testes poderão ser retomados.

“Globalmente, cerca de 18 mil pessoas receberam as vacinas do estudo como parte do ensaio. Em grandes ensaios como este, espera-se que alguns participantes não se sintam bem e todos os casos devem ser avaliados cuidadosamente para garantir uma avaliação cuidadosa da segurança”, diz a nota.

A universidade não divulgou informações sobre o participante do estudo que apresentou reações adversas, mas destacou que está comprometida com a segurança dos voluntários e com “os mais altos padrões de conduta”.

Além do Reino Unido, os testes estavam sendo realizados também em outros países, incluindo o Brasil. Na terça-feira, a AstraZeneca comunicou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a interrupção dos estudos, que envolvem a Fiocruz.

A interrupção dos testes
Na terça-feira, 8, a AstraZeneca afirmou que, ao realizar procedimento padrão de revisão, havia decidido de maneira voluntária pausar a vacinação “para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente”.

Na quarta-feira, 9, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Filho, afirmou que o contrato de aquisição da vacina contra à covid-19 firmado com a AstraZeneca não sofreria alteração e disse que o acordo de encomenda tecnológica já foi assinado. O País tem um acordo com a farmacêutica que garante acesso a 100 milhões de doses, das quais 30 milhões seriam entregues entre dezembro e janeiro e 70 milhões, ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.

Na coletiva, o Ministério da Saúde também havia informado que não sabia quanto o cronograma previsto para o desenvolvimento da vacina seria impactado e, portanto, “é preciso aguardar e avaliar”.

Estadão
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