Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O saldo de crédito chegou a R$ 4 trilhões pela primeira vez na história 28 de janeiro de 2021 | 11:10

Com programas do governo, estoque de crédito cresce 15,5% e chega a R$ 4 trilhões em 2020

economia

O saldo de crédito chegou a R$ 4 trilhões pela primeira vez na história, impulsionado por programas do governo para crédito às pequenas e médias empresas em meio à pandemia do novo coronavírus.

O montante atingiu o maior percentual em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) da série, iniciada em julho de 1995, com 54,2%. Em relação a 2019, houve acréscimo de 7,2 pontos percentuais.

Com isso, o crescimento do estoque de financiamentos cresceu 15,5% no ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (28).

No fim de 2019, o montante emprestado pelo sistema financeiro era de R$ 3,47 trilhões.

“A expansão do crédito no ano foi influenciada pelas contratações destinadas a empresas de menor porte, devido aos programas de estímulo ao crédito lançados no segundo semestre para combater os efeitos da pandemia”, diz nota do BC.

Normalmente, em momentos de crise econômica o mercado de crédito tende a se contrair, já que o risco de calote é maior. Durante a pandemia, no entanto, o governo criou linhas emergenciais de crédito para socorrer empresas, como o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

A carteira de crédito para micro, pequenas e médias empresas cresceu 31,6% em 2020. Nas grandes empresas, que contrataram mais empréstimos nos três primeiros meses da pandemia, o saldo aumentou 16% no ano.

Além disso, o BC fez medidas para aumentar a liquidez (recursos disponíveis) nos bancos e permitir maior oferta de crédito.

O crédito às empresas atingiu R$ 1,8 trilhão, alta anual de 21,8%. Em 2019, houve contração de 0,1% no segmento. Já o estoque emprestado às famílias somaram R$ 2,2 trilhões, crescimento de 10,9%.

As concessões de crédito (novos empréstimos) cresceram 5,2% em 2020. Os bancos emprestaram 10,8% a mais para empresas e 0,4% para famílias.

Larissa Garcia/Folhapress
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