Foto: Raphael Ribeiro/BCB/Arquivo
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 19 de agosto de 2021 | 13:03

‘Ruídos domésticos’ impactam projeções de crescimento para 2022, diz Campos Neto

economia

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira que ruídos envolvendo questões domésticas têm afetado as projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2022, processo que está sendo acompanhado pela autoridade monetária.

Em apresentação durante webinar promovido pelo Council of the Americas, Campos Neto também reiterou que o Banco Central fará o que for necessário para garantir o cumprimento da meta inflacionária e que tem os instrumentos à mão para tal.

Ele ressaltou, ainda, que as ondas de choques inflacionários sofridos pelo país, primeiro em alimentos e posteriormente em energia, já estão contaminando os núcleos de inflação.

Nesta quarta (18), o presidente do BC se manifestou sobre a PEC dos Precatórios, proposta pelo governo Bolsonaro.

O texto estabelece o parcelamento em dez anos de todos os precatórios (dívidas do governo reconhecidas pela Justiça) com valor superior a R$ 66 milhões. Além disso, cria uma regra temporária para parcelar débitos sempre que o valor desses passivos superar 2,6% da receita líquida. Para 2022, está previsto o parcelamento de todos os débitos judiciais com valor superior a R$ 455. A medida abriria espaço para turbinar o Bolsa Família.

“Reconhecemos que há grande quantidade de ruído em torno do Bolsa Família e de novas medidas que o governo divulgou”, afirmou sobre a proposta

Segundo ele, dúvidas sobre como será desenhado o novo programa social do governo tem afetado as expectativas do mercado.

“Esse ruído recente em torno de como o novo Bolsa Família será está gerando muito barulho nos dados, isso é um fato. O governo tem que passar uma mensagem forte em relação a isso”, disse.

Folhapress
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