18 julho 2025
Policiais civis, penais e militares, além de delegados, especialistas em Direito Criminal e representantes de órgãos públicos participam, na próxima segunda-feira (29), às 19h, de um evento que irá discutir o atual quadro de violência no Estado. A iniciativa é do Setorial de Segurança Pública do PT Bahia em parceria com a Escola de Formação Política Luiza Mahin.
Com o tema “As dificuldades e desafios para construção de uma segurança pública preventiva e cidadã “, o evento ocorre no auditório da Torre América, no condomínio Salvador Shopping Business, ao lado do Shopping Salvador.
Segundo pesquisa do Monitor da Violência do site G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada na quinta-feira (25), a Bahia foi o Estado mais violento do Brasil no primeiro semestre de 2022. Apesar de ter apresentado diminuição de 11,5%, quando comparado ao mesmo período de 2021, os dados divulgados apontam 2.557 mortes violentas (homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) contabilizadas na Bahia, de janeiro a junho de 2022. Destas, 2.557 foram enquadradas como homicídio doloso, 43 como latrocínio e 30 como lesão corporal seguida de morte.
A mesa do evento será composta pelo vice-reitor da UFBA, Penildon Silva Filho, pela presidente da Comissão de Direitos das Mulheres da OAB BA, Renata Deiró, pelo advogado e especialista em ciências criminais, Vivaldo Amaral, pelo policial civil, bacharel em Direito e mestre em Geografia, Roberto José, além de Jeane dos Anjos, da Executiva estadual do PT e coordenação da Escola de Formação Política Luiza Mahin, Gutierres Barbosa, vice-presidente do PT-BA, pelo ex-ministro Eduardo Cardoso, o investigador da policial civil e candidato ao Governo da Bahia pela federação PSOL-REDE Kleber Rosa.
A analista criminal e investigadora da Polícia Civil há 24 anos, Carla Sandra Vieira, lotada na 2° Coorpin, do município de Catu, e membro do Setorial de Segurança Pública do PT Bahia, ressalta que não se faz segurança pública apenas através do uso da força policial, é necessário o Estado investir em políticas públicas nas áreas consideradas como prioritárias: educação, saúde, cultura, lazer e geração de emprego e renda.
“Precisamos construir uma segurança pública a partir de um novo olhar, a partir de uma perspectiva humanizada e que envolva toda a sociedade. Precisamos construir uma segurança pública de qualidade, que proteja sem tirar vidas”, pontua Carla, que também é bacharel em Direito e integra o grupo dos policiais antifascismo.