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O presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes 30 de março de 2023 | 17:15

Após perder a CBPM para Carballal, PV deve emplacar novo titular da Empresa Gráfica da Bahia

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A confirmação de que o vereador Henrique Carballal (PDT) vai assumir a presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), antes negociada com o PV, aumentou a insatisfação dos “verdes” com o governo estadual. A sigla, que forma a federação com o PT e o PCdoB, espera agora o retorno do governador Jerônimo Rodrigues da China para tentar definir o espaço que ocupará no segundo escalão. Este Política Livre apurou que o comando da Empresa Gráfica da Bahia (Egba) é a possibilidade mais concreta.

O PV já tem até um nome para o cargo: o do militante Luiz Araújo, membro da Executiva estadual do partido. Em abril de 2022, ao retomar a aliança com o governo baiano e romper com o grupo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), em função da decisão nacional do partido de formar a federação com os petistas e comunistas, o PV chegou a indicar o mesmo quadro para a Egba, mas a nomeação não foi concretizada.

Na ocasião, o então governador Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, optou por manter na direção-geral da estatal Robson Santos de Araújo, que substituiu na função o ex-deputado federal Roberto Britto, exonerado após a sigla dele, o PP, romper com os petistas para apoiar ACM Neto.

Embora tenha assumido o cargo na condição de interino, Robson continua no comando da Egba, enquanto Luiz Araújo assumiu, em maio de 2022, a titularidade da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb). Só que Luiz Araújo foi exonerado da Fapesb por Jerônimo, que nomeou no lugar o doutor em saúde coletiva Handerson Leite. Dessa forma, o PV ficou sem espaço no segundo escalão.

“Não entendemos o tratamento que o partido vem recebendo do governo. Não conseguimos sequer marcar uma audiência com o governador. Somos aliados de primeira hora, queremos colaborar com o governo, temos bons quadros para isso, mas não entendemos porque fomos deixados de lado nesse processo”, disse o presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes.

Ele confirmou que houve sondagens para o PV assumir o comando da CBPM, mas não um convite oficial. Ivanilson parabenizou Carballal, que ainda não foi oficializado na titularidade da companhia, e contou que a insatisfação com o governo também é da bancada da sigla na Assembleia Legislativa. “Pelo menos três dos quatro deputados estaduais do PV estão insatisfeitos com esse tratamento”, assegurou.

Esses deputados seriam Marquinho Viana, Vitor Bonfim e Ludmilla Fiscina. O outro parlamentar do partido na Assembleia Legislativa é Roberto Carlos, que acabou sendo contemplado de forma dupla pelo Executivo estadual: primeiro com a manutenção do genro Thales Dourado Moitinho Pinho na chefia do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) e com a indicação de Carballal para a CBPM, uma vez que o filho do parlamentar, Randerson Leal (PDT), ganhará a cadeira na Câmara Municipal de Salvador, onde é primeiro suplente.

Ivanilson negou ainda que haja um impasse do PV com o governo em função da indicação do ex-deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Edson Duarte, como foi divulgado por alguns sites. Na iniciativa privada, Duarte, garantiu o dirigente, não teve o nome ventilado para a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema), mas sim a militante Vânia Almeida, hoje superintendente na pasta e que integra a Executiva estadual dos “verde”. Jerônimo nomeou para a Sema o advogado Eduardo Martins, enteado do senador Jaques Wagner (PT).

No primeiro escalão, o PV ficou representado por meio de Maurício Bacelar na chefia da Secretaria de Turismo (Setur). O partido considera, no entanto, que a indicação foi do deputado federal Bacelar (PV), irmão do secretário, e não da Executiva. A cúpula estadual da sigla e os deputados estaduais não teriam sido contemplados com espaços dentro da pasta.

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