23 dezembro 2024
Na próxima sexta-feira (14 de abril de 2023), o professor, escritor e crítico literário Décio Torres Cruz toma posse como imortal da Academia de Letras da Bahia. Ele foi eleito em 11 de agosto de 2022. A sessão solene acontecerá a partir das 19 horas, no Palacete Góes Calmon, e será presidida pelo presidente da instituição, o acadêmico Ordep Serra. Ele ocupará a Cadeira número 19, que tem como patrono João Maurício Wanderley, o Barão de Cotegipe, e foi anteriormente ocupada pelo historiador Cid Teixeira, falecido em 21 de dezembro de 2021. A acadêmica Evelina Hoisel, responsável por receber o novo colega, fará o discurso de recepção.
Décio Torres Cruz é pesquisador e professor aposentado da Ufba e da Uneb. Já atuou como tradutor, intérprete, ator e diretor de teatro. Ocupa, também, a Cadeira no. 2 da Academia Contemporânea de Letras de São Paulo, que tem como patronesse a escritora portuguesa Teolinda Gersão.
Além de poemas e contos, publicou vários ensaios sobre diferentes temas e contribuiu para pesquisas acadêmicas nas áreas de estudos de adaptação, linguística aplicada, estudos culturais, análise do discurso, estudos pós-coloniais, línguas inglesa e portuguesa, ensino de inglês, estudos de cinema, literatura, teoria literária, metodologia de ensino, metodologia da pesquisa, estudos shakespeareanos e tradução. Ex-bolsista da Fulbright, obteve seu Ph.D. em Literatura Comparada na State University of New York (SUNY) em Buffalo, EUA. É mestre em Teoria da Literatura, especialista em Tradução e bacharel em Letras/Língua Estrangeira, com concentração em língua e literaturas de língua inglesa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Fez estágio pós-doutoral em Londres, na Inglaterra, com bolsa do CNPq. Contribuiu por muitos anos como ensaísta e articulista para o Caderno Cultural do Jornal A Tarde e ainda colabora com o Caderno 2.
Biografia
Décio Torres Cruz nasceu em Sátiro Dias, Bahia. Filho de Irineu José da Cruz e Durvalice Torres da Cruz. Morou com os irmãos na fazenda dos pais até os 7 anos, quando sua família se mudou para Alagoinhas, uma cidade maior e com melhores oportunidades de estudo. Fez o curso primário na Escola Brazilino Viegas e os dois primeiros anos do ginásio no Centro Integrado Luiz Navarro de Brito. Aos 12 anos, foi morar com seu irmão Antonio Torres e sua esposa Sonia Torres no Rio de Janeiro e estudou no Colégio Anglo-Americano. Em meados de 1973, mudaram-se para São Paulo e lá completou o ensino fundamental no Colégio Bandeirantes, voltando ao Rio de Janeiro no ano seguinte. Aos 15 anos de idade, ganhou seu primeiro prêmio literário em concurso promovido pelo Instituto Brasil-Estados Unidos (IBEU), onde estudava inglês; no ano seguinte, seu primeiro ensaio (“Meu personagem favorito da literatura brasileira”) foi publicado no boletim deste instituto. Nesse período, passou a participar de peças teatrais após iniciar as aulas de Artes Dramáticas no Colégio Anglo-Americano. Em 1974, voltou para Alagoinhas e continuou participando de peças como ator amador. Após obter o certificado de proficiência em inglês da Universidade de Michigan e da Universidade de Cambridge através de exames realizados em Salvador, começou a lecionar inglês em institutos de línguas em Alagoinhas enquanto ainda cursava o ensino médio no Colégio CNEC.