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O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto (PT) 12 de abril de 2023 | 22:00

Rosemberg nega insatisfação na base do governo, mas confirma reunião de deputados com Jerônimo para ajustar ponteiros

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O líder da maioria na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto (PT), negou, em conversa com este Política Livre, nesta quarta-feira (12), que haja insatisfação da base aliada na Casa com o governo. Ele informou, no entanto, que haverá uma reunião entre o chefe do Executivo estadual e os parlamentares logo depois que Jerônimo Rodrigues (PT) retornar da China, no próximo dia 16. Rosemberg disse ainda que não pediu a nenhum deputado governista que assinou o pedido de criação da CPI do MST para retirar a assinatura.

“Não chegou a mim nenhum tipo de insatisfação. Mas também não posso achar que isso é natural, que seja sempre assim, e, por conta disso, já tem uma agenda do governador marcada anteriormente com os deputados para que qualquer problema que houver possa surgir nesse momento”, declarou Rosemberg.

“Primeiro, o governador vai se reunir com os líderes da base aliada. Depois, com todos os deputados governistas. Haverá, ainda, uma reunião com os presidentes de partido e as respectivas bancadas”, acrescentou o petista.

Rosemberg garantiu que não articula pela retirada de assinaturas do requerimento da CPI do MST, apresentado pelo deputado bolsonarista Leandro de Jesus (PL). “Se alguém disse que estou pedindo para retirar assinaturas é mentira. Isso nunca aconteceu. Agora, estou externando minha opinião, como fiz hoje no plenário, de que essa CPI não tem um fato determinado. Espero que, com base nisso, o corpo jurídico da Assembleia convença a Mesa Diretora da Casa de que a comissão não deve ser instalada”, disse.

No total, 11 parlamentares da base governista assinaram o pedido de instalação da CPI – o último foi o deputado Eduardo Salles (PP), nesta quarta. O requerimento já conta com 30 assinaturas, nove a mais do que o mínimo necessário exigido pelo Regimento Interno. A palavra final sobre se instala ou não a comissão é do presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), que assinou a favor da criação da comissão de investigação.

Rosemberg afirmou acreditar que os governistas que assinaram o pedido não o fizeram por insatisfação com o governo. “Aqui tem uma rede de relacionamento. Muitas vezes o deputado assina porque outro colega também assinou. Tem as questões pessoais também, de convicção”, frisou.

“Mas o fato é que o deputado Leandro de Jesus, que é novo na Casa, se equivoca com relação a isso. É até uma falta de cidadania e excesso de conservadorismo. O MST não é composto de pessoas criminosas, como ele disse. Duvido que ele tenha coragem de dizer isso na frente de alguém do movimento. Sobre as invasões que são ilegais, isso é papel para a polícia cuidar, e não a Assembleia”, concluiu Rosemberg.

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