Proposta de criação da Universidade Federal do Nordeste da Bahia segue parada no governo Lula

A proposta de criação da Universidade Federal do Nordeste da Bahia (UFNB), que começou a ser discutida em 2012, na gestão Dilma Rousseff (PT), segue paralisada no Ministério da Educação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O projeto de implantação da unidade de ensino, que atenderia a 70 municípios em quatro territórios baianos (Litoral Norte e Agreste, Sisal, Semiárido Nordeste II e Bacia do Jacuípe), foi apresentado formalmente na atual gestão pelo deputado federal Ricardo Maia (MDB).

“Infelizmente, não houve ainda uma manifestação do ministério num sentido mais concreto. Esse é um pleito da bancada baiana como um todo. Já pedimos ao governo federal que coloque as diretrizes para a implantação da universidade, pois já fizemos 51 audiências públicas sobre esse tema. Essa é uma proposta antiga, feita ainda na segunda gestão da ex-presidente Dilma, e já foi muito bem discutido”, afirmou Ricardo Maia em conversa com este Política Livre.

O deputado ressaltou que a nova universidade atenderia até três mil estudantes. “Nos colocamos, inclusive, à disposição para destinar emendas ao Orçamento da União para viabilizar o projeto, mas o ministério fica apenas marcando reuniões, sem avançar de forma concreta. Essa universidade vai preencher uma espécie de vácuo acadêmico que existe hoje numa região importante da Bahia”.

Segundo o parlamentar, coube ao Ministério da Educação definir em qual município a universidade será instalada. “A ideia é que a instituição tenha uma sede, mas também ocupe espaços em outras localidades. Os cursos serão voltados para as potencialidades de cada região. No Litoral Norte, por exemplo, temos o turismo, enquanto na sisaleira, a exploração do sisal. Somente neste governo, já tivemos duas reuniões no Ministério da Educação sobre o assunto”, contou Ricardo Maia.

A proposta de criação da universidade nasceu em 2012, por meio da uma comissão formada por professores universitários, políticos, estudantes e a sociedade civil organizada da região nordeste da Bahia. Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), essa comissão praticamente paralisou os trabalhos, retomados após a posse de Lula.