Foto: Valter Pontes/Secom PMS/Arquivo
Nome de Guilherme Bellintani volta a circular na política municipal 10 de agosto de 2023 | 08:12

Cobiçadíssima, vaga de vice em chapa de Bruno ganha mais um concorrente, por Raul Monteiro*

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A naturalidade da candidatura do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), à reeleição tem deslocado a disputa em sua chapa naturalmente para a escolha do vice, ao contrário do que acontece com a oposição, às voltas ainda com um processo de definição do nome que pretende apresentar à sucessão municipal no próximo ano, mesmo depois de o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ter anunciado que o escolhido ou escolhida deve ser conhecido entre os meses de setembro e outubro próximos. Ao fazer a previsão, Jerônimo naturalmente assumiu a coordenação, em seu grupo, da sucessão em Salvador.

Atendeu, assim, a uma recomendação do senador Jaques Wagner, líder político inconteste do consórcio que comanda o governo estadual há 17 anos. Mas, no caso de Bruno, a escolha deverá ser compartilhada com seu antecessor e autoridade maior da oposição estadual, ACM Neto, apesar de o ex-prefeito vir buscando evitar demonstrar sua influência na tarefa. Na verdade, trata-se de um apelo do próprio Bruno, que não só é grato a Neto pela oportunidade que lhe deu de sucedê-lo, permitindo que emergisse como uma nova liderança em seu time, como confia piamente em seu tirocínio político.

Mas não é só isso. Neto permanece como uma força política e eleitoral poderosa em Salvador, como atestam as pesquisas, e por isso seu papel não pode ser desprezado por quem quer que entre na disputa ao Thomé de Souza, ainda mais por Bruno, que é, além de forte aliado, seu amigo pessoal. Juntos, os dois devem se debruçar sobre uma série de cálculos e projeções sobre quem pode ajudar mais, na condição de candidato a vice, no empreendimento de reeleger o prefeito, um projeto essencial para que o ex dê curso ao plano de se candidatar ao governo em 2026, se assim o desejar.

No processo, eles não devem desconsiderar o time que será escalado do lado da oposição para enfrentá-los na corrida municipal afim de armarem o próprio jogo em campo. É por isso que não há nada certo em relação aos nomes que hoje se colocam como prováveis companheiros de chapa de Bruno, área em que se destaca a figura da atual vice, a eficiente Ana Paula Matos, do PDT. Como se sabe, ela é, disparadamente, o nome preferido do prefeito. Com ele, fez uma dobradinha em tudo bem sucedida desde que formaram a chapa em 2020, passando a atuar, inclusive, como sua auxiliar na administração municipal.

Seu problema é que não está sozinha, por causa da condição imposta pelo processo de reeleição é de certa forma refém da conjuntura e seu cargo se tornou o mais cobiçado da sucessão, tanto nas legendas aliadas como em seu próprio partido, onde o deputado federal Leo Prates faz força para substituí-la. Mas, não se sabe ainda porque motivo, parece que nem para ele o cenário anda positivo, o que permitiu a ascensão de outros nomes, como o do ex-secretário e presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, o que, em entrevista recente, com jeito de satisfação, Neto admitiu que pode engrossar o páreo dos concorrentes.

*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

Raul Monteiro*
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