Foto: Reprodução/YouTube
As falas de Rodrigo Pimentel foram feitas durante participação no podcast Fala Glauber, que foi ao ar na última terça-feira 11 de agosto de 2023 | 09:56

Em podcast, ex-capitão do Bope elogia PM baiana e enfrentamento à criminalidade por governo Jerônimo Rodrigues

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O ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro Rodrigo Pimentel elogiou a política de enfrentamento contra a criminalidade que a Polícia Militar da Bahia, sob a gestão do governador Jerônimo Rodrigues, do PT, tem executado no Estado. Durante participação no podcast Fala Glauber, que foi ao ar na última terça-feira (8), ele condenou as críticas que as forças de segurança têm recebido durante as operações na qual marginais têm sido mortos, como em Camaçari, no início do mês.

Segundo o especialista, a crise na segurança pública na Bahia é reflexo direto da chegada ao Estado do Comando Vermelho, organização criminosa criada no Rio de Janeiro. “O Comando Vermelho se estabeleceu na Região Metropolitana de Salvador e quando o Comando Vermelho chega, começam as disputas territoriais, e começam também o modus operandi do Comando Vermelho, de atacar policiais, fazer barricadas, matar o policial na folga, tudo o que a gente tem no Rio de Janeiro, que você não tinha na Bahia há alguns anos”, disse.

Para Pimentel, a resposta da Polícia Militar da Bahia, sob a liderança do governador, tem sido enfrentar os criminosos. “Então a polícia baiana está enfrentando”, disse Pimentel. Em sua análise, a discussão que emerge apontando, por exemplo, a prática de “chacinas” por parte da polícia decorre do “ativismo” de determinados setores da sociedade, mas, quando se apura os fatos, se chefa facilmente à conclusão de que as vítimas têm sido bandidos fortemente armados.

‘No caso das mortes do dia 31, em Camaçari, se você pegar o Google, você vai ver todas as armas apreendidas, todos os oito bandidos armados com metralhadoras, pistolas. Dos oito bandidos, cinco tinham mandado de prisão. Ou seja, não tem nada de inocente. São bandidos, sim, que iriam atacar uma facção rival, se depararam com a PM da Bahia e foram mortos, ao que tudo indica, até o momento, durante o enfrentamento”, acrescentou.

Na ocasião, ele relatou “torcer” para que o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Paulo Coutinho, “sensibilize” o governador Jerônimo Rodrigues para que as operações do Estado, principalmente em Salvador e Região Metropolitana, continuem. “Mas é algo que o baiano tem que se acostumar e é algo que eu torço para que o coronel Paulo Coutinho consiga sensibilizar o governador Jerônimo com o seguinte discurso: ‘Governador, Salvador não pode virar Rio de Janeiro’. Porque, até o momento, a PM da Bahia pode entrar em qualquer comunidade em qualquer hora do dia”, alertou.

Pimentel destacou que o enfrentamento agora na Região Metropolitana leva vantagens em relação ao feito no Rio de Janeiro, porque as periferias da capital baiana, diferentemente das do outro Estado, são menores e, portanto, “mais fáceis de controlar”. “Se você deixar um ano sem operação, a gente perde Salvador. Salvador tem uma característica, que é a pobreza extrema, um terço da população mora em favela, mas tem uma coisa interessante que é a favor da polícia lá. No Rio de Janeiro, temos complexos de favelas com 110 mil habitantes. As favelas da Bahia, a maior, no bairro de Valéria, tem 21 mil habitantes”, citou.

Confira:

Mateus Soares
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