Foto: Flávio Sande/Política Livre/Arquivo
07 de setembro de 2023 | 11:33

Ao contrário de Negromonte Jr., Leão acha que PP deveria ter recusado ministério e emenda: “Zero influência na Bahia”

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Logo cedo, nesta quinta-feira (7), o deputado João Leão (PP) enviou uma mensagem ao correligionário e ex-líder do do partido na Câmara Federal, André Fufuca (MA), desejando sorte no Ministério do Esporte. O parlamentar maranhense assumiu ontem (06) a pasta, a convite do presidente Lula (PT), em uma negociação para atrair ao menos a maior parte dos pepistas para a base aliada e facilitar a vida do Planalto no Legislativo dominado pelo Centrão. Além de ter considerado um erro o movimento, Leão assegurou ao Política Livre que não será um dos adesistas.

“A mensagem que mandei para o líder Fufuca foi dizendo que farei o possível para ajudá-lo no ministério. Mas disse que continuo como eu estava, independente. É uma questão de filosofia. Não sou obrigado a votar com o governo mesmo com o ministério. Vou votar a favor daquilo que eu acredito, procurando ajudar o Brasil, a Bahia e nossos municípios”, disse Leão ao site. “Se eu fosse convidado para a Esplanada, eu não aceitaria”, emendou, contrariando a posição do presidente estadual da legenda, Mário Negromonte Jr.

O deputado afirmou que Fufuca no ministério não tem impacto na Bahia na relação entre o PP, o PT e o governo petista de Jerônimo Rodrigues. “Zero impacto. Continua como está. Tem aqueles do PP que querem apoiar o governo do Estado e aqueles que, como nós, não querem. Esses que não querem, como eu, não são contra o Jerônimo, pois queremos ajudar a Bahia no que for possível e correto. Essa também é uma questão de filosofia”, ponderou o parlamentar, que hoje é ligado ao grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), assim como o filho Cacá Leão (PP), atual secretário de Governo na gestão de Bruno Reis (União).

Leão aproveitou para criticar o governo Jerônimo na condução do projeto da ponte Salvador-Itaparica. “Estou procurando ajudar a ponte, assunto que está sendo muito mal tocado. É um absurdo, por exemplo, que essa obra tenha ficado de fora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mesmo tendo duas lideranças baianas de peso muito próximas do Palácio do Planalto, que são o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o senador Jaques Wagner (PT)”.

Para o deputado pepista, que foi um dos responsáveis pelo projeto da ponte, quando vice-governador aliado do PT e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, o governo Jerônimo “está fazendo a conta errada” ao calcular que o projeto hoje subiu de R$6 bilhões para R$13 bilhões. “Fizemos a conta o valor atual é de R$8,8 bilhões. Estamos acompanhando isso de perto e queremos ajudar a Bahia destinando verbas federais, já que estranhamente a obra está fora do PAC”.

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