Foto: Reprodução/Arquivo
Deputado Leandro de Jesus (PL) 04 de outubro de 2023 | 16:15

Reabertura da Torre Pituba, prédio da Petrobras em Salvador, gera confusão na Assembleia

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A reabertura da Torre Pituba, prédio da Petrobras em Salvador, foi motivo de acalorado debate na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na tarde desta quarta-feira (4). Deputado de oposição, Leandro de Jesus (PL) disse que a edificação tem “forte indício de corrupção”.

“Foram R$ 42,8 bilhões em perdas com a roubalheira na Petrobras. Relembrou-se o prédio da Petrobras, também objeto de irregularidades, com fortes indícios de corrupção. A corrupção e a roubalheira voltaram com Lula”, afirmou, no plenário da Casa.

Líder do governo, Rosemberg Pinto (PT) rebateu as acusações. Ele foi funcionário da Petrobras por 35 anos. “Aquilo ali [o prédio] é motivo de orgulho. Aquilo não é construção da Petrobras, mas do Fundo de Previdência dos trabalhadores da Petrobras, a Petros. Vossa excelência, por ignorância, está colocando a ação midiática. As construções políticas [da Lava Jato] para tentar dar um golpe no país tiraram o mandato de (Deltan) Dallagnol (deputado federal cassado) e vão tirar o de Sergio Moro”, respondeu.

O prédio foi reinaugurado no último dia 3 de julho pelo atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A Torre Pituba tem 22 andares, com direito a heliponto e foi erguida em contrato de locação firmado em 2010 entre Petrobras e o Petros, o fundo de pensão dos funcionários da estatal. A operação se deu na modalidade “built to suit”, quando o locador constrói um imóvel personalizado de acordo com as necessidades do inquilino, e a construção foi alvo da Operação Lava Jato por suspeitas de corrupção. A inauguração ocorreu em 2015.

O acordo seria de locação por 30 anos, com pagamento mensal de R$ 6,8 milhões ao Petros, mas após quatro anos de funcionamento, a direção da Petrobras anunciou a privatização de parte das operações na Bahia e decidiu desocupar o espaço e remanejar cerca de 1,5 mil funcionários concursados para unidades em outros estados. A reabertura do prédio era um pleito antigo dos petroleiros.

Segundo estimativas, a construção do prédio custou R$ 1 bilhão, e a obra fora executada pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.

Alexandre Galvão
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