29 dezembro 2024
O presidente do PCdoB da Bahia, Davidson Magalhães, disse que a disputa por uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) não entra no debate sobre a definição do candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Prefeitura de Salvador.
Com isso, o dirigente, que também é secretário estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, negou que uma eventual retirada da pré-candidatura da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) ao Palácio Thomé de Souza possa ser negociada em troca da oferta aos comunistas da cadeira do conselheiro Fernando Vita, que fica vazia em dezembro por efeito de aposentadoria.
“O TCM não entra na discussão da sucessão. As forças políticas já têm debatido esse assunto do tribunal há mais tempo e não passa pelas disputas municipais. O PCdoB pretende fazer a indicação dessa vaga porque somos a terceira força dentro do governo e os únicos que, nesses anos todos de gestão encabeçada pelo PT, da qual estamos no projeto desde o começo, ainda não indicou ninguém para os tribunais de contas”, afirmou Davidson ao Política Livre.
“Esse debate não pode chegar agora como barganha para decisão municipal, tendo em vista que há um débito com o PCdoB sobre os tribunais de conta. Os outros partidos já têm nomes indicados, inclusive siglas que passaram e saíram da base. Acredito que chegou a nossa vez”, complementou o dirigente.
Questionado se o indicado do PCdoB para o TCM será o deputado estadual comunista Fabrício Falcão, que se coloca há mais tempo nessa disputa, ou o deputado federal Daniel Almeida, também da sigla e que tem manifestado o mesmo desejo, Davidson Magalhães saiu pela tangente.
“O partido ainda vai discutir isso internamente. Vamos avaliar qual é o melhor caminho. Tem muitas questões que precisam ser analisadas, porque isso representa abrir mão de um mandato de deputado, seja estadual ou federal. Temos que ver o peso que tem isso”, frisou.
Os suplentes de Fabrício Falcão e Daniel Almeida são do PT – o ex-deputado estadual Marcelino Galo e atual secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Elisângela Araújo, respectivamente. Outro ponto importante é que há um movimento na Assembleia para que o indicado ao TCM, que deve ser escolhido até março de 2024, seja um deputado de mandato, o que favorece Fabrício na disputa interna no PCdoB. A indicação do substituto de Fernando Vita cabe ao Legislativo.
Política Livre