25 novembro 2024
A dívida pública federal do Brasil caiu 1,08% em janeiro em relação ao mês anterior, a R$ 6,45 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26).
No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 1,48%, a R$ 6,176 trilhões. A dívida externa, por sua vez, cresceu 8,89%, a R$ 273,83 bilhões.
De acordo com o Tesouro, a queda no estoque da dívida interna é explicada por um resgate líquido de R$ 147,9 bilhões, que não chegou a ser neutralizado por uma apropriação positiva de juros de R$ 55,08 bilhões.
Segundo o órgão, janeiro foi marcado por um “clima de cautela”, principalmente devido à expectativa em relação à trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos.
No mercado local, a parte mais curta da curva de juros caiu no mês passado com dados favoráveis de inflação, mas houve alta na parte longa com reflexos do cenário externo, disse o Tesouro.
O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses subiu de 10,51% ao ano em dezembro para 10,65% no mês passado.
Em relação às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio caiu de 11,62% para 11,56% ao ano.
No período, houve alta no prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 4,11 anos, ante 3,95 anos registrados em dezembro.
Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma redução de 17,22% em janeiro, a R$ 813,23 bilhões. O montante é suficiente para quitar 7,10 meses de vencimentos de títulos —em dezembro, estava em 7,57 meses.
Para o mês de fevereiro, o Tesouro observou “forte alta das Treasuries devido à persistência inflacionária e à força da economia norte-americana, aspectos que acabaram se refletindo na postergação das expectativas de cortes na taxa básica do Fed”.
No mercado local, o Tesouro ressaltou que a parte curta da curva de juros apresentou estabilidade em fevereiro, enquanto a parte longa subiu com dados de inflação acima do esperado e alta dos juros de títulos públicos dos Estados Unidos.
Bernardo Caram, Folhapress