13 dezembro 2024
Presidente da Assembleia Legislativa por dez anos consecutivos, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) foi o segundo a se inscrever para concorrer à cadeira do conselheiro aposentado Fernando Vita no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ele apresentou junto à Secretaria Geral da Mesa Diretora da Casa um requerimento com 19 assinaturas, seis a mais do que o mínimo necessário para a inscrição, e todas de parlamentares da oposição.
Da bancada da minoria, Nilo só não teve a assinatura do líder do União Brasil na Assembleia, Marcinho Oliveira – os dois são adversários políticos em Monte Santo, no nordeste do Estado. Pela manhã, outro concorrente, o deputado Paulo Rangel (PT), já havia se inscrito com 38 assinaturas, como mostrou o Política Livre.
“A eleição é difícil. Vou lutar contra o candidato do governo, mas estou apostando nas relações que construí, nas amizades que construí. Se sou candidato, tenho esperança de ser o vencedor. É muito difícil, mas não impossível”, afirmou Marcelo Nilo ao site. O vencedor precisa de no mínimo 32 votos em plenário, em votação secreta.
Matematicamente falando, o terceiro interessado na cadeira só pode agora se inscrever por meio da Mesa Diretora ou por decisão individual do presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD), uma vez que apenas seis parlamentares não assinaram nem a lista de Rangel e nem a de Nilo. Além de Marcinho Oliveira e dos quatro parlamentares do PCdoB (o próprio Fabrício, Olívia Santana, Zó e Bobô), o deputado Hilton Coelho (Psol) também deve apoiar o comunista.
Além do cargo vitalício, cada conselheiro do TCM tem vencimentos de quase R$42 mil, além do direito a contratar assessores. Tem ainda carro com motorista. Cabe principalmente à Corte julgar as contas dos prefeitos e câmaras municipais.
Política Livre