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O vereador Alberto Braga (Republicanos) 12 de março de 2024 | 19:55

Alberto Braga quer deixar o Republicanos, mas conversas com União Brasil e PSDB travam; vereador nega

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O vereador Alberto Braga, do Republicanos, partido da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), tenta articular a saída da sigla e disputar o pleito de 2024 por outra agremiação da base do prefeito Bruno Reis (União). Ele tem mantido conversas com diversas legendas, inclusive o União Brasil e a federação PSDB/Cidadania. As conversas acontecem também com outras siglas, a exemplo do DC e do PRD. A informação foi confirmada ao site por fontes ligadas ao Palácio Thomé de Souza e à Câmara Municipal.

Mesmo recebendo mais de 7,5 mil votos, Braga, que não é ligado à Iurd, não conseguiu se eleger no pleito de 2020, ficando na suplência do Republicanos. Entretanto, ele ocupa a cadeira de titular com a licença do vereador Luiz Carlos, atual secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas. Como o licenciado retorna ao Legislativo em abril para concorrer à reeleição – ele precisa se desincompatibilizar do Executivo -, Braga vai concorrer no pleito sem mandato.

Com a troca de legenda, Alberto Braga visa encurtar o caminho da vitória nas urnas. No Republicanos, o percurso é mais árido, pois se o partido eleger apenas três vereadores, como aconteceu em 2020, a tendência é que sejam reconduzidos Luiz Carlos, Ireuda Silva e Júlio Santos. Os três são umbilicalmente ligados à Iurd, e o que recebeu menos votos foi o terceiro (8,8 mil). Ireuda passou da casa dos 12 mil, enquanto o atual secretário municipal foi recordista com mais de 17 mil. Isso reforça o quanto a igreja é forte também na política.

Por conta desse desempenho dos vereadores ligados à Iurd é que o Republicanos é visto como um partido “pesado” e com dificuldades para atrair candidatos sem mandato, ou seja, de construir a chamada “rabada” na composição da chapa proporcional. Entretanto, há quem calcule que a sigla possa alcançar a quarta vaga, que seria disputada, caso Alberto Braga permaneça no partido, entre ele e o líder comunitário de Cajazeiras Kel Torres, que obteve 6,3 mil votos em 2020.

Este Política Livre apurou que Braga chegou a firmar um entendimento com a federação PSDB/Cidadania para ingressar no ninho tucano, uma vez que vai disputar a eleição sem mandato, mas a negociação teria estagnado por conta da indecisão do edil e também da não aceitação dos outros vereadores do grupo, que temem perder a cadeira.

Ele também abriu conversas com o União Brasil, mas não seria aceito pelos demais vereadores pelo mesmo motivo. “Seria, praticamente, o mesmo que aceitar um vereador de mandato no partido, uma vez que Alberto Braga passou quase que toda essa legislatura com a cadeira na Câmara. E temos o entendimento com a Executiva municipal de que não serão aceitos candidatos com mandato”, afirmou um edil da legenda ao site.

Alberto Braga tem mantido ainda conversas com o DC e o PRD. Ele estaria aguardado uma definição de Bruno Reis sobre o futuro partidário. Procurado pelo site, o vereador negou qualquer conversa com outro partido.

“Ontem, inclusive, estive reunido com o presidente do Republicanos na Bahia, deputado Márcio Marinho, quando discutimos a organização do nosso partido, que tem planos de eleger até seis vereadores nas próximas eleições municipais”, disse Alberto Braga, ao salientar que “sou vice-líder do governo na Câmara, faço parte da base aliada, então, toda e qualquer definição passará sempre pelo entendimento com o prefeito Bruno Reis”.

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