Ao receber apoio do PL, Bruno Reis diz não recear ter imagem associada a Bolsonaro: “Essa estratégia é falida”

O prefeito Bruno Reis (União) disse em coletiva nesta terça-feira (30), após receber oficialmente o apoio do PL para a reeleição, não recear desgastes eleitorais caso tenha a imagem associada a do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma estratégia que deve ser adotada pelos adversários no pleito deste ano. Ele frisou que a campanha é municipal, e que essa tática já demonstrou não ter força em disputas passadas.

“Teremos eleições municipais. Vamos discutir o dia a dia, os problemas das pessoas, que estão preocupadas com a garantia do transporte público, o bom funcionamento das escolas e das unidades de saúde. Sempre minhas conversas com o PL da Bahia foram nesse sentido, de trabalhar por garantir e ampliar as conquistas que a cidade obteve nos últimos anos. Queremos avançar ainda mais. Não falamos de 2026, de 2028 ou de 2030”, declarou o prefeito.

O anúncio do apoio do PL aconteceu na manhã de hoje, na sede do partido em Salvador (clique aqui para ler). Durante a coletiva, Bruno Reis estava ao lado do presidente estadual da legenda, o ex-ministro João Roma. O prefeito afirmou que o eleitor tomará a decisão nas urnas comparando o currículo e as ideias dos candidatos, e não por influências nacionais, estratégia adotada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza, que se coloca como postulante do presidente Lula (PT).

“A escolha é livre. Isso está claro. E já ficou claro em outras eleições. Essa estratégia (de nacionalizar a campanha) é falida, fracassada. Em Salvador, ainda tem um componente a mais: o fato de a população entender que ter um prefeito de um grupo ou partido diferente do governador faz com que quem ganhe é o povo, por conta da disputa por realizações”, argumentou Bruno Reis.

Sem cargos e com compromissos

Durante o discurso oficial na sede do PL, Bruno Reis garantiu que o partido presidido por João Roma não tratou de cargos, mas sim de projetos para a cidade. Ele lembrou que, ano passado, lideranças da legenda entregaram um estudo propondo diversas iniciativas para melhorar o ambiente de negócios em Salvador – algumas delas foram aprovadas na Câmara Municipal.

O prefeito ressaltou ainda que a relação pessoal com João Roma facilitou o entendimento. Os dois são próximos antes mesmo de o ex-ministro ocupar a chefia de Gabinete na gestão do ex-prefeito ACM Neto (União), antes do rompimento político entre os dois aliados de Bruno Reis. O gestor ressaltou ainda as boas relações com outras lideranças do PL, a exemplo dos deputados federais Jonga Bacelar – que não pode comparecer ao ato por estar em viagem internacional -, Roberta Roma e Capitão Alden e dos deputados estaduais Leandro de Jesus e Diego Castro.

O chefe do Executivo municipal também se comprometeu a defender bandeiras do PL, a exemplo da defesa da Constituição, da liberdade, da família, da vida desde a sua concepção, da livre expressão, do direito à legítima defesa, da diminuição dos impostos e do combate às drogas.

“Agradeço a Roma e ao PL por, de forma serena, terem aberto mão de um projeto partidário e pessoal do ex-ministro para colocar na frente os interesses da cidade. Porque nesse momento, diante de toda a circunstância política, seria o melhor caminho”, discursou Bruno Reis.