26 novembro 2024
Os planos de Arthur Lira (PP-AL) para sua sucessão na presidência da Câmara foram afetados por diversos motivos, incluindo sua disputa com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A informação é do colunista Igor Gadelha, do site “Metrópoles”.
A interferência do governo na tentativa de manter a prisão de Chiquinho Brazão, liderada por Padilha, teria atrapalhado a estratégia de Lira em favor de Elmar Nascimento (União-BA) como seu sucessor.
Favorito de Lira para sucedê-lo, Elmar tinha a intenção de aproveitar a semana para fazer gestos tanto em direção ao governo quanto à direita. Na segunda (08), em visita a Salvador, Elmar concedeu entrevistas elogiando Lula e reafirmando seu desejo de levar o União Brasil a apoiar a reeleição do petista.
Já na quarta (10), a estratégia era que o governo se abstivesse de se envolver na votação da Câmara sobre a prisão de Brazão, permitindo que Elmar se aproximasse dos bolsonaristas que desejavam derrubar a decisão de Alexandre de Moraes. No entanto, a interferência de Padilha acabou prejudicando. A avaliação é que, sem a atuação de Padilha, Brazão teria sido libertado e a imagem do líder da União Brasil não teria sido associada à direita.