Foto: Divulgação/Agência ALBA/Arquivo
Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia 22 de maio de 2024 | 20:45

Em meio a queixas da base, Assembleia Legislativa tem sessão marcada por sumiço de governistas

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Deputados da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) não compareceram ao plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na sessão desta quarta-feira (22). Da bancada de 42 parlamentares, a exceção foi Zé Raimundo (PT), primeiro vice-presidente da Casa, que conduziu os trabalhos.

O sumiço coletivo acontece em meio às queixas que os deputados fazem nos bastidores sobre não terem demandas atendidas pelo governo, leia-se pagamentos de emendas impositivas e cumprimento de compromissos firmados com prefeitos no interior.

Na terça (21), ao perceber que não teria presenças suficientes para votar as matérias enviadas pelo Executivo, o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), tomou ele mesmo a iniciativa de pedir a verificação de quórum e derrubou a sessão que apreciaria o reajuste de 4% dos servidores estaduais e o empréstimo de R$ 2 bilhões.

Como mostrou a coluna Radar do Poder, deputados do PSD confidenciaram que não pretendem dar quórum até que a relação com o governo seja rediscutida.

Há também nos bastidores quem tente minimizar a situação. Uma fonte tratou o esvaziamento governista no plenário nesta quarta como uma “coincidência” de agendas, já que muitos parlamentares foram a Brasília em razão da marcha dos prefeitos e outros tiveram compromissos no interior do Estado.

Sem os governistas, a oposição entrou em cena e voltou a fazer críticas sobre a proposta de reajuste linear de 4% apresentada pelo governo aos servidores públicos estaduais.

“Ontem, junto com a mobilização que os servidores fizeram, nós conseguimos barrar e adiar mais uma vez a votação. Hoje correram, hoje a base do governo correu, correu do debate. Não sei se é um desarranjo na articulação política, porque as queixas são muito grandes”, afirmou o líder da Oposição, deputado Alan Sanches (União Brasil).

“Parece que o governo não quer discutir nossa emenda de 10%. Mais uma vez o governo do Estado demonstra que é perverso com os servidores, ele não gosta do servidor”, emendou.

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