Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo
Em Salvador, a proibição da distribuição gratuita de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais completa um mês em 12 de junho 05 de junho de 2024 | 20:15

Pesquisa aponta sacolas plásticas como resíduos de maior incidência em lixo marítimo

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O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste 5 de junho, reforça discussões sobre medidas de proteção ambiental que fazem parte do cotidiano, como o combate ao uso indiscriminado do plástico. Sacolas plásticas, por exemplo, são apontadas entre os itens de maior incidência em coletas de resíduos no mar. Uma pesquisa da Universidade de Cádiz, na Espanha, apontou que 80% do lixo encontrado nos mares do planeta contêm plástico e 14% desse volume é composto por sacolas.

Na capital baiana, a proibição da distribuição gratuita de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais completa um mês no próximo dia 12 de junho, e somente nas duas primeiras semanas em vigor, evitou que entrassem em circulação mais de 14 milhões de unidades de sacolas. A medida, que aponta para a redução desse tipo de lixo, com longo tempo de decomposição, acompanha uma tendência que pode se tornar lei em todo o país.

Está em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Lei 2.524, que prevê a proibição da produção de plásticos de uso único no país, estabelecendo um marco regulatório para a Economia Circular do Plástico. O texto está em avaliação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e tem apoio de dezenas de organizações ligadas à causa ambiental no país em um movimento denominado “Pare o Tsunami de Plástico”.

As estatísticas sobre o uso e descarte de materiais plásticos são alarmantes. A poluição por plásticos é hoje a segunda maior ameaça ambiental ao planeta, segundo a ONU. Um em cada dez animais que aparecem mortos na costa brasileira, ingeriram plásticos. Ameaça que se agrava com a constatação de que o Brasil lança ao menos 325 milhões de quilos de resíduos plásticos todos os anos no oceano.

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