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Comício do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano, Donald Trump 28 de outubro de 2024 | 22:00

Não sou nazista, sou o oposto disso, diz Trump em comício

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O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano, Donald Trump, apelou a eleitores religiosos na Geórgia e disse que não é um nazista, ao mesmo tempo que sua campanha tentava se distanciar de comentários racistas feitos por um humorista durante comício que poderiam alienar grupos de eleitores importantes, nesta segunda-feira (28). “Sou o oposto de um nazista”, disse ele.

Cerca de 46 milhões de americanos já votaram antecipadamente para a eleição de 5 de novembro, de acordo com o Election Lab da Universidade da Flórida, incluindo cerca de 2,8 milhões de pessoas na Geórgia e 1,9 milhão de pessoas em Michigan.

O número fica atrás dos aproximadamente 60 milhões de pessoas que haviam votado antecipadamente por volta desta época em 2020, no auge da pandemia da Covid-19.

Pesquisas recentes mostram a disputa tecnicamente empatada entre Trump e sua adversária democrata, a vice-presidente, Kamala Harris.

Na Geórgia, um dos estados-chave para o pleito, onde a votação presencial antecipada deve totalizar até 70% dos votos, Trump cortejou eleitores religiosos durante um evento do Conselho Consultivo Nacional de Fé.

Ao dizer que não é nazista, o republicano rebateu comentário feito por John Kelly, o chefe de gabinete mais duradouro de sua Presidência. O ex-aliado do empresário afirmou em entrevista que o republicano costumava dizer que queria que “seus generais” fossem como os do ditador nazista Adolf Hitler.

“Ele comentou mais de uma vez que, ‘sabe, Hitler fez algumas coisas boas também’”, diz Kelly. Segundo ele, mais de uma vez ele explicou ao ex-presidente os problemas desse tipo de declaração, assim como o fato de generais do ditador alemão terem conspirado para matá-lo.

O líder republicano ainda enfrenta pressão após seu comício na arena Madison Square Garden, em Nova York, no domingo, quando um comediante chamou Porto Rico de ilha flutuante de lixo, provocando reação de celebridades latinas e críticas de políticos dos dois lados do espectro partidário. A campanha de Trump afirmou que a piada não refletia suas opiniões.

A Geórgia é um dos sete estados decisivos para disputa —são esses 7 que se inclinam ora aos democratas, ora aos republicanos em eleições passadas, enquanto os outros 43 têm tradição de votar majoritariamente em um ou outro. Na prática, portanto, as campanhas se concentram nesses sete estados.

Kamala Harris visitou a fábricas em Michigan para conversar com trabalhadores e falar sobre a importância de investir em empregos na indústria.

A empresa visitada, a Hemlock Semiconductor, recentemente recebeu um investimento inicial de até US$ 325 milhões através do Chips and Science Act, que um funcionário da campanha de Kamala observou que Trump havia criticado, e que a vice-presidente ajudou a aprovar.

“Quando conseguimos encontrar uma maneira de ter parcerias significativas com o setor privado, com indústrias, mas para fazer o tipo de trabalho que está acontecendo aqui, todos ganham”, disse ela.

Trump, por sua vez, argumentou durante a campanha que sua administração da economia foi mais forte do que a do presidente Joe Biden e de Kamala, apesar do aumento do desemprego no final de seu mandato, no início da pandemia.

Embora os números do mercado de trabalho nos EUA durante o governo Biden-Kamala tenham sido positivos e os mercados de ações tenham atingido recordes históricos, o aumento de preços afetou eleitores em praticamente todos os itens de consumo, de alimentos a aluguel.

Kamala tem propostas para reduzir os preços e ajudar a aliviar a crise habitacional do país, e também contrasta sua abordagem de liderança com a de Trump. Segundo ela, o republicano estaria focado em se vingar de seus inimigos.

Folhapress
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