Foto: Reuters/Folhapress
Eleição nos Estados Unidos 06 de novembro de 2024 | 20:06

EUA tiveram o segundo maior comparecimento nas urnas em 100 anos

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As eleições nos Estados Unidos tiveram seu segundo maior comparecimento em 100 anos: 64,5% dos americanos aptos a votar participaram do pleito que levou Donald Trump de volta à Casa Branca nesta quarta-feira (6), indica projeção do Election Lab, da Universidade da Flórida.

A porcentagem só é menor do que em 2020, quando 66,4% compareceram às urnas e elegeram o democrata Joe Biden. Naquele ano, houve um número histórico de votos antecipados por causa da pandemia no país, onde o voto não é obrigatório e pode ser feito por correio.

A estimativa da participação é calculada com base em relatórios estaduais da noite da eleição e considera a população maior de 18 anos, subtraindo-se, por exemplo, os estrangeiros não naturalizados e as pessoas condenadas por crimes graves, proibidas de votar em alguns estados.

A participação foi maior do que a média nacional em seis dos sete estados-pêndulo decisivos para esta eleição, onde Trump e Kamala Harris concentraram suas campanhas na reta final, com apoiadores fazendo campanhas para levar os eleitores aos postos de votação.

São eles Wisconsin (74,7% compareceram), Michigan (74,6%), Carolina do Norte (71,3%), Pensilvânia (70,7%), Geórgia (68%) e Arizona (65,9%). Já Nevada teve presença menor do que no país (64,1%). Todos eles deram vitória ao republicano, e representam quase um quinto dos eleitores aptos.

Todos os estados tiveram adesão maior do que 50%, mas os que tiveram maior abstenção foram Oklahoma, Arkansas, Virgínia Ocidental e Havaí. Já na lista dos que tiveram maior comparecimento estão Minnesota, Wisconsin, Michigan e Colorado.

Os números indicam, no geral, uma tendência de alta no engajamento nos EUA nos últimos 30 anos, embora haja variações. Os menores comparecimentos no último século foram em 1924, quando menos da metade da população foi às urnas (48,9%) e em 1996, quando só 51,7% participaram, dando vitória ao democrata Bill Clinton.

Júlia Barbon, Folhapress
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