2 dezembro 2024
O Dia Nacional de Combate ao Racismo, celebrado em 18 de novembro, marca um momento de reflexão profunda sobre as desigualdades históricas e estruturais que ainda persistem na sociedade brasileira. Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, a data é um chamado para a ação contínua e um lembrete da importância de políticas públicas que promovam a equidade racial.
“Não podemos ignorar que o racismo no Brasil é uma questão estrutural que impacta todas as áreas da vida das pessoas negras, desde o mercado de trabalho até o acesso à saúde e educação. A luta contra o racismo não é apenas uma pauta dos movimentos sociais, mas uma obrigação do poder público e da sociedade como um todo”, afirma a vereadora.
Ireuda destaca que, enquanto vereadora, tem trabalhado para enfrentar essas desigualdades. Um dos exemplos é o projeto que criou o Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte, promovendo debates e ações para eliminar práticas discriminatórias em espaços esportivos. Além disso, a parlamentar reforça a necessidade de fortalecimento de iniciativas que valorizem a cultura negra, como forma de reconhecer e resgatar as contribuições históricas do povo negro para a construção do país.
“Celebrar o Dia Nacional de Combate ao Racismo é essencial, mas precisamos fazer mais do que apenas lembrar a data. É fundamental discutir ações efetivas, como investimentos em educação antirracista, acesso à justiça e a criação de oportunidades para a juventude negra, que é a mais vulnerável ao desemprego e à violência”, pontua.
Para Ireuda, o combate ao racismo também deve ser uma pauta presente na luta das mulheres negras, que enfrentam uma dupla opressão: o racismo e o machismo. “Somos maioria entre as vítimas de feminicídio e de violência obstétrica. As mulheres negras têm suas vidas marcadas por exclusões e violências que se interseccionam. Essa luta é nossa, e ela precisa de aliados em todos os espaços de poder.”
Ao finalizar, a vereadora convocou a sociedade a refletir e agir: “Cada um de nós tem um papel nesse processo. Não basta não ser racista; é preciso ser antirracista.”