2 dezembro 2024
Mofo, sujeira, mato e entulho. Foi este o cenário em que o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) encontrou a unidade de saúde de Plataforma, subúrbio ferroviário de Salvador. Em fiscalização parlamentar realizada nesta quinta-feira (7), o deputado denunciou a situação e afirmou que irá acionar o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que medidas sejam tomadas.
Em live divulgada nas redes sociais, Leandro ingressou ao local após se identificar como deputado e mostrou que materiais hospitalares, como luvas, seringas e outros objetos estão acondicionados de maneira irregular e em situação de sujeira, mofo e sem qualquer higienização. O equipamento de saúde, que tinha a promessa de ser uma Unidade de Saúde para servir aos moradores locais, está fechado desde 2018. Mesmo neste cenário, foi informado ao parlamentar que os equipamentos que estão no local nessas condições servem para abastecer o Centro de Parto Humanizado, localizado nas novas instalações da Maternidade João Batista Caribé.
“O que vemos nesta localidade, que deveria ser um equipamento de saúde, é um verdadeiro descaso. Aqui se encontra de tudo, menos algo relacionado ao cuidado com a saúde da população. É mofo em meio a materiais hospitalares, más condições de acondicionamento, muita sujeira, bem como a falta de roçagem do mato na área externa. E, de acordo com a administração, todos esses equipamentos que estão ali guardados nessas condições, sem nenhuma higienização e cuidado, servem à população”, disse o deputado.
O equipamento, que tinha a promessa da gestão do então governador Jaques Wagner (PT), hoje senador, de ser um Unidade de Saúde, já passou por duas reformas, mas até então não foi inaugurada. O local chegou a abrigar a estrutura da maternidade João Batista Caribe, em 2018, mas voltou a ser abandonada logo depois.
“Já foram feitas duas reformas neste equipamento. Ou seja, dinheiro público investido e nada de retorno para a população. Agora, com certeza, o local precisará passar por mais uma reforma, ou seja, mais dinheiro público terá que ser aplicado. É um descaso sem tamanho com a saúde. A Sesab precisa explicar esta situação e iremos buscar respostas”, completou.