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Evento em homenagem a Ruy Barbosa rememorou, também, a inauguração do Fórum que leva o seu nome, ocorrida em 5 de novembro de 1949 06 de novembro de 2024 | 10:54

Palestra, documentário e homenagens marcam o evento de celebração aos 175 anos do jurista Ruy Barbosa

“Aquele Ruy escreveu oito horas por dia, durante sete dias da semana, por 60 anos”, disse o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juiz Frederico Mendes Júnior, rememorando o jurista baiano, que se estivesse vivo, completaria 175 anos nesta terça-feira (5). O evento dedicado a essa celebração, promovido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio da Comissão Permanente de Memória, reuniu, no Auditório Desembargadora Olny Silva, pessoas ávidas em conhecer aspectos da vida de Ruy Barbosa (1849 – 1923) e da sua luta pela defesa dos direitos civis no Brasil.  

Ao lado do juiz Frederico Júnior, o presidente da Comissão Permanente de Memória e do Fórum Permanente de Memória, desembargador Cássio Miranda, anfitrião do evento, agradeceu ao palestrante. “Foi uma aula muito bem-posta sobre os vários aspectos da vida de Ruy”. Na oportunidade, o agradecimento foi estendido à Orquestra Sinfônica Neojiba e à cantora Allana Weissritz por abrilhantarem a abertura do evento.  

“Ele nos legou para além das suas memoráveis atuações, com a sua cultura forjada no rigor de uma vida dedicada à superação pelo conhecimento e à excelência do que se propôs realizar”, realçou a presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Resende, ao falar do jurista soteropolitano Ruy Barbosa que, também, foi advogado, jornalista, político, diplomata, abolicionista, tradutor e filólogo.  

A cerimônia dividiu espaço com a entrega da maior honraria do TJ-BA, a Medalha do Mérito Jurídico Ruy Barbosa, ao advogado e professor, Thomas Bacellar. “Pela sua inequívoca contribuição à educação e à advocacia baiana e nacional, bem como pela sua influência na formação de gerações passadas e futuras de profissionais de Direito”, disse emocionada a Presidente Cynthia Resende, que foi sua aluna. 

“Ele é um patrimônio do nosso Direito e da nossa cultura”, disse o diretor-geral da Unicorp, desembargador Jatahy Júnior, enaltecendo o homenageado. De forma similar, fez o desembargador presidente da Comissão de Memória, Cássio Miranda. Na sequência, o professor discursou e registrou a sua gratidão. “Recebo, humildemente e com emoção, a Medalha”. 

O evento em homenagem a Ruy Barbosa rememorou, também, a inauguração do Fórum que leva o seu nome, ocorrida em 5 de novembro de 1949. Ao discorrer sobre a histórica data, o Ouvidor Judicial e Presidente da Comissão Permanente de Igualdade e Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos (CIDIS) e membro da Comissão de Memória, desembargador Lidivaldo Reaiche, destacou: “Há 75 anos, houve uma grande comemoração em Salvador, a chegada dos restos mortais de Ruy e de sua esposa, bem como a inauguração do Fórum Ruy Barbosa”, frisou ele, identificando os presentes, um a um, na referida solenidade. 

Como parte da programação, foi feita, às 17h, uma visita ao Fórum Ruy Barbosa, com homenagens na cripta onde estão os restos mortais de Ruy e de sua esposa Maria Augusta, no subsolo do prédio.  

“A voz de Ruy – o arquiteto da república”, dirigido por Belisário Franca e produzido pela DPE Entretenimento e Giros Filmes, com o apoio da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), fechou a programação no auditório com maestria. O longa de 1h30min fez um mergulho na vida de Ruy Barbosa, revelando suas variadas facetas e o seu importante legado.  

“O audiovisual é a melhor forma de perpetuação da memória do país. Obrigado ao Tribunal pela oportunidade de exibir e à TV Aratu por ter licenciado esse filme”, disse Maurício Magalhães, CEO da Giros Filmes, na ocasião. Ao lado dele, o Diretor-Geral da DPE entretenimento, Maurício Xavier, agradeceu aos envolvidos na produção e fez um apelo: “Vamos preservar a nossa memória e valorizar quem cuida disso”.  O filme estreou no Cine Glauber Rocha, no Centro Histórico de Salvador, em fevereiro. A CEO do Grupo Aratu, Ana Coelho, adquiriu, posteriormente, o direito de exibição da obra. 

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