26 dezembro 2024
O Banco Central anunciou que fará novo leilão de dólares na segunda-feira (16), quando serão ofertados US$ 3 bilhões ao mercado.
Essa modalidade é chamada de leilão de linha, quando o BC vende reservas internacionais no mercado à vista, mas com o compromisso de recompra em um prazo determinado.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (13), o BC afirmou que as propostas para o leilão de linha serão acolhidas das 10h20 às 10h25 de segunda. As operações de venda da autarquia serão liquidadas na quarta-feira (18) e as operações de compra, em 6 de março de 2025.
Nos leilões de linha, a taxa de câmbio a ser utilizada para venda de dólares será a da Ptax das 10h do dia do certame. Calculada pela autoridade monetária com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax é uma taxa de câmbio que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.
Na quinta-feira (12), o BC vendeu US$ 4 bilhões em dois leilões de linha, na primeira intervenção no câmbio desde que o dólar rompeu a barreira histórica dos R$ 6. Na semana passada, o diretor de Política Monetária e futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária não ia “segurar o dólar no peito”. Na ocasião, ele reforçou que o BC só atua no câmbio em caso de disfuncionalidade.
Mais cedo nesta sexta, foram vendidos mais US$ 845 milhões em um leilão à vista, sem compromisso de recompra. Mesmo após o leilão surpresa do BC, o dólar fechou em alta de 0,29% nesta sexta, cotado a R$ 6,028, com as atenções do mercado voltadas à tramitação do pacote de contenção de gastos no Congresso Nacional.
O leilão extraordinário conseguiu desacelerar a disparada do dólar, mas não foi capaz de reverter a tendência de alta. O sentimento predominante do mercado continua sendo de cautela em meio a preocupações sobre a trajetória das contas públicas do país.
Folhapress