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Empresa de Mônaco vai construir para a Petrobras seis OSRVs na Enseada do Paraguaçu em Maragogipe 01 de dezembro de 2024 | 12:34

Empresa de Mônaco vai construir para a Petrobras seis OSRVs na Enseada do Paraguaçu em Maragogipe

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Depois de liderar nos últimos anos um movimento pela retomada das atividades na Enseada do Paraguaçu, no município de Maragogipe, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar comemorou neste fim de semana o anúncio de que a Petrobras realizou licitação para construção de 10 embarcações do tipo OSRV (Oil Spill Response Vessel), seis das quais serão construídas no Canteiro de São Roque na Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe.

“Estamos caminhando a passos largos para a reativação plena do Canteiro de São Roque, voltando a gerar emprego, renda e riqueza no recôncavo baiano. Com isso, a Petrobras amplia a produção energética e abre novas fronteiras de desenvolvimento”, destacou Bacelar.

As seis embarcações, segundo ele, serão construídas para a Compagnie Maritime Monégasque (CMN), sediada em Mônaco, na Riviera Francesa. “As outras quatro embarcações serão construídas para a Starnav, em Santa Catarina”, informou o coordenador da FUP e conselheiro do presidente Lula. As OSRVs são embarcações que manuseiam barreiras de contenção e costumam ser utilizadas nos procedimentos de contenção de derramamento de óleo em alto mar.

Defensor ferrenho da retomada dos investimentos na indústria naval brasileira, Deyvid festejou também o fato de que as embarcações serão construídas com 40% de conteúdo nacional. “O Brasil tem capacidade de construir navios, sondas e plataformas aqui mesmo, em nosso país. Há estaleiros desde o Belém do Pará até o Rio Grande do Sul, onde poderemos ter uma gigantesca geração de emprego e renda”, defendeu.

Ele lembra que no governo de Bolsonaro houve evasão de postos de trabalho na ordem de 1 milhão e 500 mil. “Esses trabalhadores foram contratados por China, Japão, Cingapura, Coreia do Sul”, lamenta. “É preciso que nossos estaleiros retomem as obras, não somente a construção de navios, plataformas e sondas, mas também o descomissionamento de algumas plataformas da Petrobras”, aponta.

Em sua época áurea, o Canteiro de São Roque, em Maragogipe (BA), chegou a gerar 7500 empregos diretos, com trabalhadores e trabalhadoras que ajudaram a construir sondas e plataformas para a indústria petroleira.

Com 400 mil metros quadrados de área industrial, e dotado de uma infra-estrutura capaz de oferecer uma série de vantagens para o desenvolvimento de empreendimentos de grande porte, o canteiro de São Roque foi o local onde foram construídas, em 2009, duas plataformas auto-elevatórias, a P-59 e a P-60, com investimentos da ordem de R$1,7 bi, na época. Havia também projetos de reforma das plataformas Petrobras III e XIV, além da construção do complexo de unidades que atenderiam os campos marítimos de Camorim e Dourado, em Sergipe.

Do Canteiro, partiram também as estruturas fundamentais da primeira fase de exploração da Bacia de Campos. Em meados de 2003, foi efetivada a construção de obras como a plataforma de Peroá-Cangoá (PPER-01), destinada à produção de gás no estado do Espírito Santo, a plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1), implantada na Bacia de Campos (RJ), e a Plataforma do Campo de Manati (PMNT-01), em Cairu (BA).

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