22 maio 2025
A conta do Instagram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser administrada pela equipe do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. A mudança encerra disputas internas que marcaram o início do governo e inaugura uma nova abordagem nas redes sociais do petista. A reportagem é do jornal “O Globo”.
Nova estratégia e tom mais informal
Sob a liderança de Mariah Queiroz, recém-nomeada secretária de Estratégias e Redes da Secom, a comunicação de Lula nas redes já apresenta mudanças, com uma estética mais simples e descontraída. Mariah, que trabalhou com o prefeito de Recife, João Campos, foi apresentada a Lula no dia 16 de janeiro, pouco antes da cerimônia de sanção da reforma tributária.
Sidônio Palmeira, em reunião virtual com deputados e militantes do PT, destacou o objetivo de transformar o estilo de comunicação do presidente: “Vamos mudar formato de como presidente se comunica nas redes, ele tem um estilo, fala com facilidade e está com muita disposição de fazer diferente, querendo explicar, falar e fazer. Ele quer divulgar as ações, quer mostrar o que ele faz. E para vocês é importante engajar, curtir e compartilhar tudo quanto é mensagem do governo, afirmou o ministro.
Fim da disputa interna
A administração da conta de Instagram de Lula, que tem 13,3 milhões de seguidores, foi alvo de uma disputa na primeira etapa do governo. De um lado estava o fotógrafo oficial, Ricardo Stuckert, e de outro, a primeira-dama Janja da Silva e a ex-secretária de Estratégias e Redes, Brunna Rosa.
Brunna era responsável pelos perfis institucionais do governo, mas não interferia na conta pessoal do presidente, considerada a principal ferramenta de comunicação digital. Enquanto isso, Janja também contribuía com postagens que mostravam o cotidiano de Lula no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto, enquanto Stuckert publicava conteúdos das agendas oficiais.
Agora, as publicações são coordenadas pela equipe de Sidônio Palmeira, com a colaboração de Stuckert, que continua atuando na Secom. Segundo aliados do ministro, não há perseguição a membros da gestão anterior que permanecem na pasta. Essa transição marca um reposicionamento da comunicação do governo federal nas redes, buscando maior engajamento e proximidade com o público.