Arthur Maia diz que Bolsonaro será mais forte como eleitor do que como candidato em 2026

A nova rodada de eleição presidencial no Brasil continuará, inevitavelmente, ancorada em torno das figuras do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que não se saiba exatamente como eles estarão posicionados em 2026. É como avalia o deputado federal Arthur Maia (União Brasil), em entrevista ao Política Livre.

Segundo ele, apesar da grande influência que exerce, Bolsonaro poderá ser mais relevante como eleitor do que como candidato.

“No quadro atual, temos duas grandes lideranças que estão muito à frente de qualquer outra no país, que são o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Lula. Então, a definição, principalmente, que o Bolsonaro vai tomar será muito impactante nas eleições. Eu, pessoalmente, acho que o Bolsonaro tem que decidir se ele vai ser candidato ou se ele vai ser eleitor. Penso que como eleitor ele será mais forte do que como candidato. E como eleitor ele poderá, de fato, influenciar muito nas eleições no Brasil”, disse Maia, nesta quinta-feira (20), durante a homenagem da Assembleia Legislativa da Bahia ao presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins.

A análise leva em conta a mobilização que começa a haver no campo da direita pelo lançamento da pré-candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em razão da decisão que tornou Bolsonaro inelegível, somada à baixa popularidade do presidente Lula, inclusive em estados do Nordeste.

“O presidente Lula, ele hoje vive um grande desafio, aproveitar 2025 para dar uma grande virada. Afinal de contas, a gente está vendo que mesmo aqui no Nordeste as pesquisas de opinião ainda estão apontando um índice que não é favorável a ele e há uma rejeição, mas o presidente Lula também é um homem que já superou adversidades muitas vezes”, lembrou Arthur Maia.

“Ainda há uma indefinição muito grande. Vai depender muito da postura de Bolsonaro, da decisão que Bolsonaro tomar de ser candidato ou ser eleitor. E do Lula, por outro lado, de conseguir dar a virada do seu governo agora em 2025”, completou.