21 maio 2025
Se de um lado o “namoro” entre o União Brasil e o PP está em vias de virar casamento, na última semana, a relação entre o PSDB e o Cidadania acabou em divórcio.
Como mostrou este Política Livre, nesta sexta-feira (21), a notícia sobre o fim da federação entre os dois partidos pegou não, somente, o presidente do PSDB na Bahia, deputado Tiago Correia, de surpresa, assim como também seu colega de bancada, Paulo Câmara.
Em entrevista exclusiva ao site, Câmara afirmou que a parceria foi boa para ambos os partidos, mas “quando um não quer, dois não brigam”. De acordo com o deputado, prova disso é o fato de a federação PSDB/Cidadania ter eleito, em 2024, a segunda maior bancada da Câmara Municipal de Salvador, com o total de seis vereadores. “O Cidadania é nosso parceiro tanto no Estado como na Prefeitura de Salvador, mas agora o PSDB vai procurar o seu rumo também. Novas federações, fusão, possivelmente, porque esse é o entendimento geral: não dá para você ser só e pequeno”, frisou.
Paulo Câmara também pontuou que sempre defendeu internamente que a legenda “precisa se repaginar”. Ele lembrou que o PSDB deu uma contribuição “espetacular” ao País entre os anos 1998 e 2000, mas que “esse tempo passou e a gente perdeu o bonde da história”.
“Daqui para frente, o novo mandato, o novo momento, o novo número, o novo nome, uma nova fusão ou uma nova federação para que as pessoas compreendam que o PSDB vive o novo momento, está compreendendo o que o País está passando e não é aquele PSDB do passado”, contextualizou.
Próximos passos
As conversas sobre o futuro do PSDB estão sendo tocadas pelo Diretório Nacional, em Brasília, e acompanhadas pelo deputado federal Adolfo Viana (líder da agora ex-federação na Câmara dos Deputados), pelo deputado estadual Tiago Correia (presidente do partido na Bahia) e pelo vereador Carlos Muniz (presidente da Câmara Municipal de Salvador e do PSDB da capital baiana).
Sobre as novas alianças, Paulo Câmara adiantou que a legenda está em fase de “namoro” com outros partidos. “Eu escuto sobre o Republicanos. Se você perguntar de concreto, eu acho que estamos na fase do sentar, ver os prós e os contras de cada partido para tomar uma definição no segundo semestre. Em determinado momento houve no Carnaval, ‘ah, vai fundir com o PSD’, você viu que ali era o início e que não deu certo, mas eu acho que no segundo semestre é necessário, na minha opinião, uma fusão ou uma nova identidade do PSDB. Não sendo possível, eu defendo uma nova federação”.
Carine Andrade