Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo
Por volta das 16h, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, informou que pediu para deixar o cargo 23 de abril de 2025 | 17:30

Após ordem de Lula, presidente do INSS pede demissão em meio a investigação de fraude em benefícios

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O presidente Lula (PT) mandou demitir o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, alvo de uma operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) para combater um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Segundo relatos de auxiliares de Lula, a orientação foi dada ao ministro Carlos Lupi (Previdência Social) pela manhã, depois que o presidente foi informado pelos chefes da PF e da CGU sobre o teor das investigações. Por volta das 16h, o presidente do INSS informou que pediu para deixar o cargo.

Lupi chegou a dizer, em entrevista coletiva sobre o caso, que não pretendia demitir Stefanutto. Lupi afirmou que Stefanutto era um servidor que se mostrava exemplar e que não deveria “ser queimado na fogueira” sem saber antes do que estava sendo acusado, o que disse desconhecer também.

A situação, no entanto, se tornou insustentável, na avaliação de integrantes do Palácio do Planalto. O governo considera a gestão do INSS delicada, uma vez que afeta diretamente milhões de beneficiários.

Ao longo do dia, auxiliares de Lula trabalharam para divulgar a visão de que a operação da PF e da CGU era um sinal de que o governo protege aposentados e pensionistas, reduzindo o possível desgaste com o caso.

Além de Stefanutto, o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, o diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão, Vanderlei Barbosa, o coordenador geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente e o coordenador geral de Pagamentos e Benefício também foram retirados de seus cargos.

A reportagem tentou entrar em contato com Stefanutto, Oliveira Filho e Barbosa por meio da assessoria de imprensa do INSS, mas não obteve resposta.

Catia Seabra/Constança Rezende/Folhapress
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