19 maio 2025
O diretor-executivo da Organização Arnon de Mello, Luís Pereira Duarte Amorim, condenado no mesmo processo que Fernando Collor, esteve na superintendência da Polícia Federal em Alagoas na manhã desta sexta-feira (25). Ele não foi liberado para visitar o presidente, que está passando por audiência custódia.
Amorim disse que estava vindo fazer uma visita de cortesia ao ex-presidente. Ele deve retornar após o fim da audiência de custódia.
“Não tenho muito o que falar. O que falar, não vai acrescentar nada. Todo mundo surpreso e preocupado com a situação. Isso é uma coisa que afeta a todos”, afirmou.
Ele indicou que os advogados analisam o fato de a prisão ter sido definida em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Estão vendo [os advogados] esse lado da decisão monocrática, uma vez que era colegiada, mas é o entendimento que tá sendo revisto e lógico que, oportunamente, irão se manifestar”, afirmou.
“Vim fazer uma visita a ele. Ele estava em Maceió, não estive com ele. Por sinal, ele está aqui há um dia apenas e estava de retorno para Brasília para se apresentar.”
Pela decisão de Moraes, Amorim terá que cumprir penas restritivas, como limitações aos finais de semana e prestação de serviços à comunidade, em instituição a ser definida durante execução penal.
“É uma coisa normal, prevista no processo normal e uma coisa que foi imposta, tem que ser cumprida”, disse Amorim.
A defesa de Collor pediu nesta sexta-feira (25) ao STF que o ex-presidente seja transferido para prisão domiciliar em razão da idade avançada e dos problemas de saúde que enfrenta.
Collor tem 75 anos e, segundo a defesa, faz tratamento contra a doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. O ex-presidente faz uso diário de medicações e tem visitas médicas periódicas.
“Além da idade avançada de Fernando Collor e de estar acometido de comorbidades graves […], há que se observar a ausência de qualquer risco de reiteração delitiva, bem como a inexistência de periculosidade para a ordem pública ou econômica”, diz o advogado Marcelo Bessa em petição ao Supremo.
Josué Seixas, Folhapress