Foto: Divulgação/Arquivo
O deputado Eduardo Salles (PP) 29 de abril de 2025 | 14:30

Eduardo Salles comemora saída definitiva da ViaBahia, mas pondera que nova concessão não pode ser “atabalhoada”

exclusivas

O presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Eduardo Salles (PP), comemorou o pagamento da primeira parcela do valor pago pelo Governo Federal no distrato da ViaBahia, concessionária que administra as rodovias BR 116 e 324 no Estado. O ministro dos Transportes, Renan Filho, fez o anúncio em suas redes sociais nesta segunda-feira (28).

“Este é o novo 2 de julho da Bahia, mais um dia da independência do Estado que estava com a pior concessão rodoviária entre todas as concessões do Brasil e, finalmente, isso foi resolvido”, disse o ministro dos Transportes. O pagamento de R$ 231 milhões efetuado pela União corresponde à primeira parcela do acordo de R$ 681 milhões de indenização à concessionária. As demais parcelas devem ser quitadas em junho deste ano e no início de 2026.

De acordo com Eduardo Salles, “a indenização, ainda que absurda, representa a liberdade dos baianos que querem viver longe da ViaBahia”. Ele seguiu dizendo que
“foi uma batalha muito grande de todos nós 63 deputados dessa Casa, então nós estamos felizes pelas pessoas que já passaram tanta dificuldade ao longo desses 15 anos de uma concessionária que não cumpriu uma vírgula do seu contrato e agora a gente vai se ver livre dela”.

Outro ponto colocado pelo presidente da Comissão de Infraestrutura diz respeito à nova concessionária que irá operar nas rodovias baianas. Segundo Salles, o processo de escolha não pode ser “atabalhoado”.

“Temos uma preocupação também, e eu vou pedir a sensibilidade do governo, do ministro Renan Filho, porque nós não podemos ter um processo ‘atabalhoado’ nessa velocidade que ele já quer fazer reuniões para uma nova concessão. Nós não podemos correr o risco de vir uma nova ViaBahia. Nós temos que ter um projeto, um projeto bem elaborado que contemple 25 a 30 anos para frente e que a gente tenha contemplado todos os municípios. O que a gente quer na logística, no transporte efetivamente. E nós não podemos agora deixar de fazer essas obras que são fundamentais”, contextualizou.

Ainda de acordo com Salles, é obrigação do Ministério dos Transportes fazer obras estruturantes para sanar os “gargalos” deixados pela ViaBahia ao longo dos 15 anos de operação no Estado. Ele citou que outro ponto de preocupação é sobre o valor que será cobrado nas praças de pedágio.

“Nós queremos agora as obras, ministro. Nós queremos as obras dos gargalos da BR-242, dos trevos dos anéis viários de Vitória da Conquista, de Feira de Santana. Nós queremos a condição da diminuir as mortes na Serra do Mutum e em diversos outros gargalos. Nós queremos agora a prioridade. Esse ano de 2025 é um ano de trabalho, como foi dito anteriormente pelo ministro [da Casa Civil] Rui Costa. 2026 é o ano de trabalho já pela nova concessão para no final de 2026, 2027, nós termos uma nova concessionária, competente, capaz e séria, o que não aconteceu com a nossa Via Bahia”.

Carine Andrade, Política Livre
Comentários