25 maio 2025
O secretário estadual de Relações Institucionais, Adolfo Loyola, afirmou que o PDT não será tratado como um “partido de aluguel” em seu retorno à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). A declaração foi dada durante o encontro com prefeitos do partido, em ato que oficializou a reintegração do partido ao grupo governista nesta quarta-feira (30).
A fala de Loyola vem em meio a especulações sobre uma possível migração de deputados estaduais, especialmente do PP, para o PDT. Com a federação entre PP e União Brasil — comandado na Bahia pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto — e o consequente distanciamento do grupo do governo estadual, alguns parlamentares que desejam continuar na base petista têm buscado alternativas para garantir sua permanência. O PDT aparece como uma dessas opções.
“O partido tem já uma característica. Os deputados ou os prefeitos que queiram [entrar no PDT], podemos conversar, mas é uma questão que depende do partido. Não é um partido de aluguel, é um partido com história, é um partido que tem memória, tem compromisso com os trabalhadores, é um partido trabalhista”, frisou o chefe da Serin, ao reiterar que qualquer movimentação nesse sentido dependerá do aval do partido.
“Estando na base nós vamos conversar, mas quem tem a caneta, quem diz quem vem, quem sai, é o presidente do partido e é o seu diretório estadual. Nós podemos pedir, conversar, mas isso vai depender muito mais da conversa e da sinergia entre os deputados e o partido. Nós podemos fazer essa força, ajudar”, apontou Loyola.
Ele também destacou que a janela de filiação partidária só será aberta em 2026, o que limita qualquer mudança imediata. “Eles têm uma dificuldade, todos sabemos disso, por causa da janela partidária. Eles só podem mudar de partido em abril, então nós temos que aguardar”, afirmou o secretário, ao se referir aos seis deputados estaduais do PP que, segundo ele, já atuam como base do governo e mantêm diálogo com a administração estadual.
Durante o mesmo evento, o presidente estadual do PDT, Félix Mendonça Júnior, confirmou que a legenda volta à base com o objetivo de fortalecer seu projeto eleitoral. A meta, segundo ele, é eleger três deputados estaduais e três federais em 2026.
Política Livre